1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Merkel pede a refugiados que sejam curiosos

1 de abril de 2017

Chanceler federal alemã afirma que recém-chegados ao país devem demonstrar curiosidade em relação ao modo de vida dos alemães e respeitar os valores do país. Líder aconselha ainda que migrantes morem em áreas rurais.

https://p.dw.com/p/2aVO9
Angela Merkel
Em vídeo semanal, Merkel foi entrevistada pelo jornalista sírio Hamdi Al KassarFoto: Bundesregierung

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que os refugiados que pretendem se estabelecer no país deveriam viver em áreas menos populosas em vez de grandes cidades e mostrar curiosidade em relação à cultura alemã.

"Esperamos que aqueles que vêm até nós se atenham às nossas leis, que sejam um pouco curiosos em relação às nossas vidas", disse Merkel em mensagem de vídeo semanal divulgada neste sábado (01/04). Ela foi entrevistada pelo jornalista sírio Hamdi Al Kassar, que chegou à Alemanha como refugiado há quase dois anos.

A Alemanha acolheu mais de 1 milhão de migrantes e refugiados desde 2015 e, desde então, vem lidando com as pressões políticas e sociais quanto à integração dos recém-chegados ao país.

A chanceler federal reconheceu que muitos refugiados preferem viver em cidades maiores, mas disse que encontrar moradia nelas pode ser bastante difícil.

"Por isso eu aconselho a ficar nas áreas rurais. Talvez sejam um pouco desinteressantes à primeira vista, mas frequentemente as pessoas nesses lugares podem cuidar mais dos interesses dos refugiados e integrá-los", afirmou.

Merkel disse ainda que os migrantes devem abraçar "os valores vividos no pais: tolerância, abertura, liberdade religiosa e de expressão".

"Por outro lado, nós alemães também temos que ser abertos", disse a chanceler federal. Segundo Merkel, é preciso entender que os refugiados vêm de lugares com outros costumes e tradições e, por isso, tratá-los com compreensão e interesse. Muitos já o fazem, mas é preciso encorajar os que ainda não adotaram tal atitude, destacou a líder alemã.

LPF/dpa/kna