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Merkel rejeita alerta de viagem da Turquia

10 de setembro de 2017

Chanceler refuta haver perigo para turcos na Alemanha, em novo episódio da crise entre os dois países. No dia anterior, Ancara afirmou haver ameaças racistas a seus cidadãos na campanha eleitoral alemã.

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Merkel durante comício em Delbrück
Merkel durante comício em DelbrückFoto: picture-alliance/dpa/F. Gentsch

"Qualquer cidadão turco pode viajar ao nosso país", garantiu neste domingo (10/09) a chanceler federal alemã, Angela Merkel, durante comício na cidade de Delbrück, no noroeste da Alemanha. "Em nosso país, jornalista algum é preso, não há jornalistas em prisão preventiva, em nosso país, impera liberdade de opinião e o Estado de direito, e isso nos orgulha", alfinetou a líder alemã.

O candidato a chanceler social-democrata, Martin Schulz, principal adversário de Merkel na eleição parlamentar alemã, afirmou no Twitter: "fato é que jornalistas são presos na Turquia, não em nosso país".

No sábado, o governo da Turquia publicou um "alerta de viagem”, advertindo seus cidadãos que vivem ou que viajam para a Alemanha para que sejam prudentes, devido à campanha das eleições parlamentares de 24 de setembro. Ancara pede a seus cidadãos que evitem debates políticos, por causa de eventuais "discursos racistas".

No final de julho, a Alemanha também havia endurecido as advertências de viagem de seus cidadãos à Turquia, em meio a uma crise diplomática entre Berlim e Ancara, depois da detenção de vários alemães na Turquia.

Em seu comício neste domingo, Merkel citou a opressão contra jornalistas na Turquia. Ela criticou novamente o tratamento dado pelo governo turco ao jornalista alemão-turco Deniz Yücel, correspondente do jornal Die Welt na Turquia, preso há mais de 200 dias.

Enquanto isso, o governo em Ancara continua sua política de opressão contra críticos ao regime. O Ministério do Interior publicou uma lista de nomes e outros dados pessoais de 99 turcos que podem perder a cidadania turca se não retornarem à Turquia dentro de três meses e não se apresentarem às autoridades. Os citados são suspeitos, entre outras coisas, de integrar organizações terroristas ou de querer derrubar a ordem constitucional. Em junho, o ministério já havia publicado uma lista com 130 nomes.

MD/dpa/rtr