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Merkel visita a Grécia sob fortes protestos da população

9 de outubro de 2012

Curta visita da chefe de governo alemã respalda os esforços do governo grego pela reforma fiscal. Apesar da proibição de protestos durante a visita, 7 mil policiais foram designados para manter a ordem em Atenas.

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Foto: picture-alliance/dpa

Apesar da proibição pela polícia, cerca de 8 mil manifestantes protestaram nas ruas de Atenas nesta segunda-feira (09/10) contra a visita da chanceler federal alemã, Angela Merkel, à Grécia nesta terça-feira.

Ela vai se encontrar com o primeiro-ministro, Antonis Samaras, e com o presidente, Karolos Papoulias, em um gesto para mostrar que defende a permanência da Grécia na zona do euro. Merkel, no entanto, não leva uma nova ajuda financeira.

A líder alemã vai ficar na capital grega por seis horas, mas a população já mostrou que ela não é bem-vinda. Os protestos foram organizados por sindicatos de trabalhadores, cansados dos pacotes de austeridade. Esta é a primeira visita de Merkel à Grécia desde o início da crise financeira, em 2009.

Merkel impopular na Grécia

Protestos em Atenas contra a visita de Merkel
Protestos em Atenas contra a visita de MerkelFoto: picture-alliance/dpa

A impopularidade da chefe de governo alemã tem origem na insistência de Berlim para que a Grécia adote medidas severas de economia em troca da ajuda financeira da comunidade internacional. Boa parte deste dinheiro vem da União Europeia (UE) e, como maior economia da UE, a Alemanha cobre boa parte da conta.

Uma equipe de peritos dos credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), conhecida como "troika", analisa desde o fim de agosto se o país, submetido desde meados de 2010 a duras medidas de austeridade, está cumprindo as metas do programa financeiro, incluem cortes adicionais de 13 bilhões de euros em 2013 e 2014.

O relatório da "troika", que só deverá ser apresentado em novembro, é decisivo para a concessão a Atenas da nova parcela de 31,5 bilhões de euros, no âmbito do resgate de 110 bilhões de euros, negociado em fevereiro.

RO/lusa/rtd
Revisão: Roselaine Wandscheer