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Mianmar realiza primeira eleição livre em 25 anos

8 de novembro de 2015

Após o encerramento das urnas, a participação eleitoral para escolher o Parlamento em Yangon é estimada em 80%. Resultado deve impulsionar partido pró-democracia da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

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Foto: Reuters/Stringer

Acompanhada de muitas esperanças, Mianmar realizou neste domingo (08/11) sua primeira eleição parlamentar livre desde 1990. Mais de 30 milhões de eleitores foram às urnas no país asiático, que deixa para trás quase cinco décadas de ditadura militar. O voto, no entanto, é negado a centenas de milhares de membros da minoria muçulmana dos rohingya.

A líder oposicionista Aung San Suu Kyie, Prêmio Nobel da Paz, votou na capital Yangon. Há preocupações de que os militares não reconheçam uma vitória da Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de Suu Kyi.

As urnas fecharam às 16h (hora local) deste domingo. Segundo as autoridades eleitorais, a participação no pleito foi de cerca de 80%. A expectativa é de uma vitória do LND, que precisará obter ao menos dois terços dos votos para ter maioria no Parlamento. Um quarto dos assentos é, no entanto, é reservado aos militares.

Milhares de apoiadores da Nobel da Paz saíram as ruas para fazer uma comemoração antecipada do resultado.

De acordo com a comissão eleitoral, a apuração dos votos começa às 9h (horário local) desta segunda-feira (09/11). A TV estatal transmite ao vivo a contagem de votos.

Uma missão de 150 observadores europeus, coordenada pelo vice-presidente do Parlamento Europeu, Alexander Graf Lambsdorff, vai acompanhar o processo com o objetivo de "aumentar a confiança pública nas eleições."

Cenário político instável

Em 1990, o LND já havia ganhado as eleições, mas a vitória do partido da Prêmio Nobel da Paz birmanesa de 70 anos foi ignorada e Suu Kyi passou 15 anos em prisão domiciliar.

Myanmar Wahlen 2015
Aung San Suu Kyi vota em YangonFoto: Reuters/S, Z. Tun

A Nobel da Paz não pode se candidatar à presidência de Mianmar devido a uma disposição na Constituição, aprovada pelos militares, que veta ao cargo pessoas com familiares estrangeiros. Os filhos de Suu Kyi têm passaporte britânico.

CA/afp/lusa/ap/rtr