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Militar libertado pelos talibãs retorna aos Estados Unidos

13 de junho de 2014

Bowe Bergdahl chegou ao Texas, onde dará continuidade a tratamento médico e passará por processo de reintegração. Investigação vai apurar se ele de fato desertou.

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Foto: picture-alliance/AP

O sargento americano Bowe Bergdahl, de 28 anos, prisioneiro dos talibãs no Afeganistão durante cinco anos, chegou ao Estados Unidos na manhã desta sexta-feira (13/06), divulgou o Pentágono.

Bergdahl foi libertado em 31 de maio, após os EUA entregarem cinco talibãs detidos na instalação militar da Baia de Guantánamo, em Cuba. Debilitado, o militar estava hospitalizado no centro médico americano de Landstuhl, na Alemanha, por onde passa a maioria dos militares feridos no Afeganistão.

De acordo com o Pentágono, Bergdahl desembarcou no Texas, onde permanecerá para dar continuidade ao tratamento no centro médico militar de Brooke. A nota do governo afirma que o soldado passará por um processo de reintegração, desenvolvido para militares que tenham passado longos períodos em cativeiro.

Durante o tratamento, o soldado poderá rever familiares pela primeira vez em cinco anos. Dependendo da recomendação dos psicólogos, no entanto, pode ser que o primeiro encontro dure apenas alguns minutos.

As autoridades também disseram que o Exército ainda não deu início às investigações sobre as circunstâncias do sequestro do soldado. A apuração visa elucidar se o sargento realmente desertou antes de ser encontrado pelos talibãs, como acusam diversos ex-colegas.

O Exército realizou um primeiro inquérito em 2009 e concluiu que Bergdahl "deixou o seu posto deliberadamente e por vontade própria", embora, contudo, não tenha caracterizado essa ação como deserção.

As respostas serão cruciais para determinar se Bergdahl receberá os mais de 300 mil dólares referentes aos salários atrasados. Se ficar provado que ele foi prisioneiro de guerra, poderá receber ainda um acréscimo de 300 mil dólares.

BWS/afp/ap/lusa