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Ministra exige mais prevenção e maior rigor nas punições

(tb)18 de dezembro de 2001

A ministra alemã da Família declarou nesta terça-feira, no Japão, que os criminosos exploradores de crianças não podem se sentir seguros em nenhum lugar do mundo.

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Logotipo do congresso no Japão

O segundo dia do Congresso Mundial contra a Exploração Sexual de Crianças, que está sendo realizado no Japão, contou com a participação da ministra alemã da Família, Christine Bergmann.

Em seu discurso, ela pediu a maior mobilização de todos os governos do mundo no combate aos criminosos. Para Bergmann, o abuso de crianças é um crime contra toda a humanidade, por comprometer o futuro destas pessoas. Por isso, os criminosos devem receber punições mais severas.

A ministra da Família acha que precisam ser feitos maiores investimentos em educação, já que, na sua opinião, crianças mais esclarecidas se tornam alvos mais difíceis para os criminosos. Na Alemanha, cerca de um terço dos crimes sexuais são praticados por jovens.

Dados do Unicef mostram que, a cada ano, um milhão de crianças entram no circuito da escravidão sexual no mundo. Acabar com este crescimento é o objetivo do segundo Congresso Mundial contra a Exploração Sexual de Crianças, que acontece em Yokohama, no Japão, desde segunda-feira e deve terminar nesta quinta, dia 20. Até lá, terão voz mais de 3300 representantes de governos de 138 países do mundo. Todos deverão apresentar propostas para combater este tipo de crime.

A diretora executiva do Unicef, Carol Bellamy, comparou a exploração sexual de crianças aos atos de terrorismo, como algo que compromete a paz em todo o mundo. Na sua opinião, qualquer tipo de tolerância com esta contravenção tem de acabar.

Estocolmo

– O primeiro congresso do tipo foi realizado há cinco anos em Estocolmo, na Suécia, com a presença de 124 governos, na busca de soluções para o problema. Mas apenas 34 países desenvolveram ações concretas de combate à exploração sexual.

A rainha Sílvia, presidenta de honra do primeiro encontro mundial, apontou a internet como um dos principais fatores que contribuíram para o crescimento do abuso sexual de crianças. Segundo ela, mais de cem sites novos de pornografia infantil são abertos todos os dias.

Nesta quinta-feira, o congresso deverá ser concluído com um relatório final e novas metas de diminuição do abuso sexual de crianças no mundo.

Iniciativa

– A organização não-governamental World Vision também está participando do congresso em Yokohama. Ela pediu maior apoio das Nações Unidas aos países subdesenvolvidos. Na avaliação da instituição, as causas do problema da exploração sexual de crianças são a pobreza e as poucas chances de formação escolar.

A World Vision está apoiando a iniciativa do governo do Camboja, um dos poucos países que desenvolveram um projeto efetivo no combate ao problema, após o primeiro congresso em Estocolmo. A principal ação da World Vision está na luta contra o turismo sexual.