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Alavancagem do FEEF

30 de novembro de 2011

Alavancagem permite triplicar ou até quintuplicar os recursos do Fundo Europeu de Estabilidade do Euro. Ministros também querem elevar os recursos do FMI para o combate à crise da dívida.

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Juncker e Schäuble durante o encontro em Bruxelas
Juncker e Schäuble durante o encontro em BruxelasFoto: dapd

Os ministros das Finanças da zona do euro determinaram na noite desta terça-feira (29/11) as regras para a chamada alavancagem dos recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Além disso, o grupo quer uma maior participação do FMI no combate à crise da dívida.

Os ministros definiram dois modelos de alavancagem. No primeiro, o FEEF atua como uma espécie de seguro para papéis emitidos pelos países europeus afetados pela crise, cobrindo entre 20% e 30% do valor de um título. Esse mecanismo permite que os 250 bilhões de euros ainda disponíveis possam segurar um valor entre três e cinco vezes superior.

O segundo modelo prevê a criação de fundos de coinvestimento, subordinados ao FEEF, que reuniriam recursos de investidores privados e públicos. Com o dinheiro, o fundo de resgate europeu poderia adquirir títulos de países afetados pela crise da dívida, tanto no mercado primário como secundário.

Os dois modelos serão utilizados apenas em situações especiais, por exemplo para ajudar países em dificuldades a obter recursos no mercado financeiro. O chefe do FEEF, Klaus Regling, disse estar certo de que ambos os modelos interessariam a muitos investidores. O primeiro modelo pode ser posto em prática já em dezembro; o segundo, em janeiro.

Em qualquer um dos casos é incerto o valor final que o fundo conseguiria cobrir pelos modelos de alavancagem. Regling e o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, disseram que é "simplesmente impossível definir uma soma". O chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, previu que a soma de 1 trilhão de euros, anteriormente estimada, provavelmente não será alcançada. Mas a meta é obter uma "soma substancial".

Os europeus também querem uma maior participação do FMI no combate à crise. Juncker afirmou, de forma sucinta, que os países do euro estão avaliando formas de elevar os recursos do FMI por meio de empréstimos bilaterais. Detalhes ainda precisariam ser definidos entre as partes

O grupo de ministros também aprovou a liberação de uma parcela de 8 bilhões de euros para a Grécia, valor que faz parte do pacote de resgate já acertado. Na avaliação dos parceiros europeus, o governo em Atenas cumpriu todas as exigências feitas.

O encontro, que começou nesta terça-feira em Bruxelas, prossegue na quarta, agora com a participação dos demais ministros das Finanças da União Europeia.

AS/afp/lusa/dpa
Revisão: Nádia Pontes