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Rumo a Kyoto

22 de outubro de 2009

Bloco europeu consegue definir propostas comuns para levar a Copenhague. No entanto, adia definição quanto à ajuda financeira para países em desenvolvimento.

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Europeus querem limites para emissão de CO2 causada pelo tráfego aéreoFoto: AP

Os 27 países da União Europeia concordaram na quarta-feira (21/10/09), durante uma reunião dos ministros do Meio Ambiente em Luxemburgo, em fixar metas a longo prazo para diminuir a emissão de dióxido de carbono. A proposta conjunta inclui a sugestão de que seus países se comprometam a reduzir suas emissões entre 80% e 95% até 2050.

O bloco estipulou ainda que aviões e navios deverão se submeter a regras de proteção ao clima. Os ministros europeus do Meio Ambiente levarão a Copenhague, onde em dezembro acontecerão as negociações sobre um novo tratado de proteção climática, a sugestão de que sejam estipulados limites para as emissões do tráfego aéreo e marítimo.

Segundo a proposta, companhias aéreas deverão ser obrigadas a reduzir suas emissões de CO2 em 10%, enquanto navios deverão cortar seu nível de emissões em 20% dentro dos próximos 15 anos, tomando como base os índices de 2005.

Esse é um "sinal forte", afirmou Andreas Carlgren, ministro do Meio Ambiente da Suécia, país que atualmente ocupa a presidência rotativa da União Europeia. "Acredito plenamente que vamos chegar a um acordo em Copenhague", acrescentou o comissário para Meio Ambiente da UE, o grego Stavros Dimas.

A comunidade internacional se reúne na capital dinamarquesa de 7 a 18 de dezembro para negociar um documento que substituirá o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Pressekonferenz Gabriel SPD
Para Gabriel, UE tem obrigação de fechar plano de ajuda a países pobresFoto: picture-alliance/ dpa

Jogo de forças

No entanto, um jogo de forças entre países do leste e do oeste do bloco impediu um acordo sobre um tema importante. Polônia, Hungria e outras nações do Leste Europeu querem que avanços em proteção ambiental atingidos no passado sejam contabilizados em projetos futuros. A Alemanha rejeitou a ideia categoricamente.

Com isso, os países da União Europeia não deverão chegar a um acordo quanto a esse aspecto antes do encontro em Copenhague, a menos que os chefes de Estado e governo voltem a tratar do assunto na cúpula prevista para a próxima semana.

Nesta ocasião, também deverá ser debatida a ajuda financeira da UE para a proteção climática em países em desenvolvimento. O ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, se mostra confiante de que os líderes europeus ainda poderão desembaraçar o impasse.

"A UE não terá coragem de não se posicionar quanto ao aspecto financeiro", afirmou. Caso contrário, estaria ameaçada de perder sua liderança na proteção climática, argumentou.

A definição de cifras concretas fracassou perante a insistência da Polônia e de outras nações do Leste Europeu em garantir que não precisem contribuir para a proteção climática nos países mais pobres devido a suas próprias deficiências econômicas.

A Comissão Europeia havia sugerido que o bloco contribuísse anualmente com até 15 bilhões de euros até 2020 para viabilizar projetos ambientais em países em desenvolvimento. A entidade avalia que o custo total de tais projetos é de cerca de 100 bilhões de euros por ano.

MD/reuters/dpa/epd/ap/afp

Revisão: Rodrigo Rimon