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Afeganistão

Sais Musa Samimy (sm)8 de janeiro de 2007

A missão internacional da Isaf no Afeganistão, planejada em 2001 para durar um ano, envolvia inicialmente quatro mil soldados. Após cinco anos, tropa conta com 33 mil soldados. E os confrontos militares prosseguem.

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Soldados alemães em CabulFoto: picture-alliance/ dpa

Desde 14 de janeiro de 2002, soldados das Forças Armadas alemãs patrulham as ruas da capital afegã, apoiando a polícia local. Desde então, o mandato da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) foi estendido para todo o país.

A convite das Nações Unidas, representantes de quatro grupos políticos afegãos se reuniram em Bonn, na Alemanha, em 27 de novembro de 2001, a fim de negociar a democratização do país. Com os acertos assinados em cinco de dezembro, as diversas facções políticas locais esboçaram o futuro do Afeganistão.

Para os mentores deste acordo, a estabilidade do Afeganistão dependia, no entanto, de ajuda militar estrangeira. A chamada "Operation Enduring Freedom", sancionada pelas Nações Unidas e comandada pelos Estados Unidos com tropas internacionais, foi concebida originariamente como operação contra as milícias do regime talibã e contra a organização terrorista Al Qaeda. As tropas internacionais foram encarregadas de garantir a segurança das populações urbanas.

Da capital para todo o país

Alltag vor einer Moschee in Kabul
Cotidiano em CabulFoto: DPA

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, em 20 de dezembro de 2001, a resolução 1386 sobre o envio da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf). A Isaf foi encarregada de ajudar as autoridades de segurança afegãs a manter a segurança em Cabul e região.

Após receber a incumbência da ONU, a Isaf foi autorizada a tomar todas as providências necessárias para pacificar a região, inclusive apelar para violência militar. A missão originariamente limitada a um ano incluía quatro mil soldados de 18 países, entre os quais a Alemanha.

Os habitantes de Cabul, vítimas de confrontos armados permanentes durante anos, tinham opiniões divergentes sobre a operação da Isaf. Ao lado das vozes críticas e céticas, havia muita gente que esperava viver em paz após a intervenção internacional.

A pedido do governo afegão e em conformidade com as determinações da ONU, o encontro de cúpula da Otan realizado em junho de 2004, em Istambul, decidiu estender paulatinamente a operação da Isaf para todo o Afeganistão.

População civil em perigo permanente

Atualmente, a missão internacional envolve 37 países e cerca de 33 mil soldados, entre os quais 2900 alemães. Estes atuam ao norte e nordeste da capital Cabul, em regiões relativamente seguras e tranqüilas. Desde agosto de 2003, o comando da Isaf está em poder da Otan.

Afghanistan Polizist in Kabul Verkehr
Policial de trânsito em CabulFoto: AP

A postura da população afegã em relação à operação da Isaf é bastante diversificada. No norte do país, as pessoas reagem com uma certa naturalidade à presença de tropas internacionais. No sul, por sua vez, o clima é sensivelmente mais pesado, explosivo até. Nesta região ainda bastante atingida por confrontos armados, a população civil é a vítima permanente. As investidas dos rebeldes islâmicos radicais, sobretudo no sul do Afeganistão, custaram a vida de quase quatro mil pessoas nos últimos anos.

Ao que tudo indica, a situação no Afeganistão dificilmente poderá ser solucionada apenas por via militar. Foi por isso que o comando alemão da Isaf no norte do país está apostando na ação preventiva das chamadas equipes de reconstrução regional. Através de uma atuação civil e militar, elas respaldam as medidas de estabilização e reconstrução do governo afegão. Isso representa uma contribuição significativa para a paz, recomendando-se também como modelo para as regiões mais conflituosas do país.