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Morre Wes Craven, mestre do cinema de terror

31 de agosto de 2015

Considerado um dos responsáveis por redefinir o gênero, cineasta foi o criador da série de filmes de Freddy Krueger e da franquia "Pânico", com os quais alcançou sucesso de bilheteria. Ele sofria de câncer.

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Wes Craven
Foto: Reuters

Morreu no último domingo (31/08), aos 76 anos, o diretor americano Wes Craven, considerado mestre do terror cinematográfico e um dos responsáveis por redefinir o gênero em duas décadas distintas, com A hora do pesadelo (1984) e Pânico (1996). Ele sofria de câncer no cérebro, e sua morte foi anunciada nesta segunda-feira pela família.

Craven é um dos expoentes do subgênero slasher, como ficaram conhecidos os filmes de terror envolvendo assassinos psicopatas, em produções com muito sangue e que, em geral, pecavam pela edição e roteiro. É o "terror B", do qual Freddy Krueger, de A hora do pesadelo, e Jason Voorhees, de Sexta-Feira 13, são os personagens mais conhecidos.

A hora do pesadelo, seu primeiro sucesso, custou apenas 1,8 milhão de dólares. O filme lançou o assustador Freddy Krueger, um vilão que, com lâminas nos dedos, saía dos sonhos de suas vítimas para matá-las. Foi um sucesso de bilheteria, que arrecadou cerca de 25 milhões de dólares e resultou em oito sequências, além de uma série de TV.

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Um dos maiores ícones do terror, Freddy Krueger, em "A hora do pesadelo", de 1984Foto: imago/EntertainmentPictures

“Descanse em paz Wes Craven, meu diretor, meu amigo. Um homem brilhante, amável, gentil e muito engraçado. Um dia triste em Elm Street e em toda parte. Eu vou sentir falta dele”, escreveu no Twitter Robert Englund, que interpretou Krueger.

Já na década de 1990, surgia a série de filmes Pânico (1996), que recriaria mais uma vez o medo nas telas, com referências satíricas ao gênero do horror, em produções que redefiniram Craven como diretor. O longa rendeu três sequências, embora apenas a primeira tenha sido sucesso de bilheteria. A máscara do assassino protagonista, inspirada na obra O Grito, de Edward Munch, permanece presente no imaginário dos espectadores.

Wes Craven dizia que os “filmes de terror não dão medo; eles o libertam”. Antes mesmo de seus dois grandes sucessos, ele já recebia atenção pela direção dos filmes “A última casa à esquerda” (1972) e “Quadrilha de sádicos” (1977), ambos refilmados nos anos 2000. Recentemente, o diretor estava desenvolvendo produções de televisão e adaptações de séries.

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Drew barrymore interpretava Casey Becker na primeira edição do filme "Pânico", em 1996Foto: picture-alliance/dpa/United Archives/IFTN

“Ele fez os pesadelos parecerem reais: as coisas que te assustam em teu subconsciente podem te alcançar”, disse o roteirista e produtor Richard Potter, que trabalhou com Craven nas edições dos filmes Pânico.

Wesley Earl “Wes” Craven nasceu em Cleveland, Ohio. Antes de começar a trabalhar com filmes, se formou em literatura inglesa, filosofia e psicologia. Seus primeiros longas, produzidos quando ainda era desconhecido, tinham caráter pornográfico, e ele assinava com pseudônimos. Além de diretor, Craver também foi professor e roteirista.

GS/ap/afs/dpa