Mulheres européias poderosas
Micheline Calmy-Rey – Presidente da Suíça
Micheline Calmy-Rey foi a responsável por fortalecer a Suíça no cenário internacional nos últimos anos. Em 2002, era ministra das Relações Exteriores do país e ocupa a presidência desde o início deste ano (2007). A Suíça vê na cientista política de 61 anos uma guardiã dos direitos humanos no mundo. Nesse curto tempo no poder, a social-democrata já se colocou contra os EUA e criticou Israel, o que rendeu a ela críticas do setores mais conservadores da política.
Angela Merkel – Chanceler federal da Alemanha
Ex-ministra do Meio Ambiente, presidente do seu partido, chefe de governo da Alemanha. Para construir todo esse caminho, a filha de pastor luterano da antiga Alemanha Oriental precisou de 16 anos. Com sua carreira meteórica, a física conseguiu acabar com a lei natural de preconceitos contra a mulher. Sua forma de governar causa muitas polêmicas: Merkel prefere conciliar diferenças e encontrar denominadores comuns a impor as medidas que irão reger o país.
Carla del Ponte – Promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional da ONU
A jurista suíça se transformou no rosto internacional do direito penal. Com uma rigidez inquebrantável, é ela quem está, desde 1999, à frente da acusação em nome da comunidade internacional contra os crimes de guerra da ex-Iugoslávia e em Ruanda. Foi trabalho dela, entre muitas outras funções, interrogar o ex-ditador iugoslavo Slobodan Milosevic no Tribunal Internacional de Haia. Sua forma tão rígida de se comportar rendeu-lhe o apelido de "Carlita, la Pesta" (Carlita, a peste) na Suíça.
Mary Patricia McAleese – Presidente da Irlanda
Quando ela derrotou sua antecessora Mary Dubinson nas urnas em 1997, foi a primeira vez na história em que uma mulher sucedeu outra mulher em uma chefia de Estado. A antiga jornalista e professora de Criminologia, que cresceu em uma Irlanda do Norte tomada pelo terrorismo, é muito popular em seu país – e a sua política conciliatória é um dos principais motivos. Em 11 de novembro de 2004 ela foi escolhida para mais um mandato de sete anos.
Vaira Vīķe-Freiberga – Presidente da Letônia
Ela é a única mulher à frente de um Estado advindo do regime comunista da antiga União Soviética – e isso desde 1999. Enquanto os outros governos mudavam sem parar, seu mandato continuava intacto. A presidente, sem partido, conseguiu, aos poucos, tornar seu país um dos integrantes da União Européia. Por sua dedicação à Europa, ela já recebeu vários prêmios. Também reconhecida academicamente, já recebeu cinco títulos de doutorado honoris causa. Doutora em Psicologia, ela já lecionou em Montreal.
Tarja Halonen – Presidente da Finlândia
Os jornais alemães adoram chamá-la de "mãe da Finlândia" e "benfeitora com orientações de esquerda". A chefe de Estado finlandesa de 64 anos tem realmente muito poucas objeções a fazer em relação a esses rótulos. Mãe solteira, emancipada e politicamente engajada, a presidente social-democrata, que está em seu segundo mandato, representará a Finlândia até 2012.