Mundo condena banho de sangue em Israel
3 de dezembro de 2001A série de atentados sangrentos, em Israel neste fim de semana, com saldo de no mínimo 25 mortos, gerou protestos, indignação e apelos de paz em todo o mundo. O chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, condenou a onda de violência e mandou uma mensagem de condolências ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, dizendo que não há justificativa para o terror. O chefe de governo alemão manifestou o desejo de um fim da violência criminosa contra os direitos humanos no Oriente Médio. O presidente palestino, Yasser Arafat, decretou Estado de emergência na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Antes disso Israel já tinha fechado suas fronteiras com os territórios palestinos.
O ministro alemão do Exterior, Joschka Fischer, apelou aos governos palestino e israelense para que apoiem a missão mediadora dos Estados Unidos, apesar da escalada da violência. O coordenador da política externa da União Européia, Javier Solana, também exortou israelenses e palestinos a não se curvarem às pressões dos que querem sabotar os esforços de paz.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, esclareceu, em sua casa de campo, Camp David, que Arafat tem de provar agora, com atos e não mais com palavras, a sua determinação de combater o terror. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) tem não só de prender, imediatamente, os responsáveis pelos atentados sangrentos, mas também agir duro contra as infra-estruturas dos grupos de apoio. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, anunciou que deixara isso bem claro num telefonema que deu hoje a Arafat.
O presidente da França, Jacques Chirac, condenou os atentados palestinos e esclareceu, em sua visita ao Marrocos, que nada os justifica. O ministro russo do Exterior, Igor Ivanov, disse estar indignado. O papa João Paulo II declarou-se enlutado e preocupado com a situação no Oriente Médio. Por outro lado, os atentados geraram alegria nos campos de refugiados palestinos no Líbano. O líder da organização Jihad Islâmica, Ramadan Abdulah, falou de "uma grande ação dos autores suicidas".