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Mundo tem 30 milhões de pessoas vivendo sob condições de escravidão

Letícia Camargo von Wissell17 de outubro de 2013

Relatório de ONG australiana aponta Índia e China como os países onde a situação é mais crítica. Brasil aparece em 94ª no ranking.

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Na Mautirânia, a situação é proporcionalmente mais crítica: 4% da população é considerada escravizadaFoto: Robert Asher

Quase 30 milhões de pessoas vivem sob condições de escravidão atualmente no mundo, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (17/10) pela ONG australiana Walk Free Foundation, que examinou o problema em 162 países.

A Índia é o país com o maior número de escravos, com quase 14 milhões. Em segundo lugar está a China, com cerca de 3 milhões. Os dois países têm uma população de mais de 1 bilhão de habitantes cada.

No entanto, o lugar onde o problema da escravidão é proporcionalmente mais grave é na Mauritânia, no oeste da África, onde cerca de 4% da população é escravizada, principalmente através do casamento forçado de crianças. No alto da lista também aparecem Haiti e Paquistão.

Por outro lado, Islândia, Irlanda e Reino Unido são os países onde a prevalência de escravidão entre a população é a mais baixa do mundo.

A Walk Free Foundation chegou a esses números considerando não apenas a escravidão tradicional, mas também práticas como casamentos forçados, exploração infantil e tráfico de pessoas. O relatório alerta para o fato de que apenas dez países são responsáveis por 76% do total das pessoas escravizadas no mundo atualmente.

O Brasil aparece na 94ª posição na lista. A ONG estima que haja até 220 mil pessoas vivendo sob condição de escravidão no país atualmente. Elas trabalham sobretudo em minas, plantações e na exploração madeireira. O relatório cita também a escravidão de bolivianos no setor têxtil brasileiro e ressalta existir pouca informação em relação ao trabalho doméstico.