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"Não sou uma cinegrafista racista e sem coração"

11 de setembro de 2015

Húngara demitida após agredir migrantes na fronteira diz ter entrado em pânico quando centenas romperam barreira policial. Em carta publicada em jornal, ela pede desculpas e assume responsabilidade pelo ocorrido.

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Foto: Reuters/M. Djurica

A cinegrafista húngara que foi demitida nesta semana da emissora em que trabalhava após ter sido flagrada agredindo migrantes em Röszke, perto da fronteira da Hungria com a Sérvia, se desculpou publicamente. Numa carta publicada no jornal conservador de direita húngaro Magyar Nemzet, a cinegrafista tenta justificar sua atitude.

"Eu lamento sinceramente o que aconteceu", escreveu, segundo trechos da carta publicados nas versões eletrônicas da revista alemã Spiegel e do jornal Süddeutsche Zeitung desta sexta-feira (11/09).

Cinegrafista húngara agride migrantes

A cinegrafista assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e afirmou que entrou em pânico quando centenas de refugiados romperam a barreira policial. "As pessoas corriam na minha direção e pensei que estava sendo atacada. Fiquei com medo. É difícil tomar decisões certas quando se está em pânico", argumentou.

Ao mesmo tempo, ela se disse chocada com as reações ao episódio. "Não mereço que seja feita uma caça às bruxas política contra mim", escreveu, afirmando ter recebido ameaças de morte.

A húngara disse que não é uma cinegrafista racista e sem coração que ataca crianças. "Sou apenas uma mãe de uma criança pequena que agora está desempregada e que, em pânico, tomou uma decisão errada. Realmente sinto muito."

A cinegrafista pode ser vista em vários vídeos enquanto filmava confrontos entre forças de segurança e refugiados para a N1TV. Nas imagens, ela aparece derrubando um refugiado que corria com uma criança pequena no colo e dando pontapés em crianças refugiadas.

MP/ots