1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Não vamos aceitar um golpe", diz Lula em ato em SP

19 de março de 2016

Em discurso na avenida Paulista, ex-presidente diz que voltou ao governo para "restabelecer a paz e esperança" e ajudar Dilma. Protestos pró-governo ocorrem em ao menos 20 capitais.

https://p.dw.com/p/1IG9g
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Penner

Milhares de manifestantes tomam a avenida Paulista, em São Paulo, nesta sexta-feira (18/03) em ato de apoio ao governo, que conta com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não vai ter golpe", gritou Lula ao microfone em coro com os manifestantes. Em discurso, o ex-presidente disse que voltou ao governo para "restabelecer a paz e a esperança".

"Eu vim para ajudar a Dilma a fazer o que tem que ser feito. Esse país tem que voltar a crescer, tem que voltar a entender que democracia é a convivência na diversidade", afirmou em meio aplausos e gritos de "guerreiro".

Protestos a favor do governo ocorrem em ao menos 20 capitais, um dia depois de milhares terem ido às ruas em todo o país exigir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O ato em São Paulo começou depois de a tropa de choque da Polícia Militar retirar com uso de bombas de gás e jatos d'água manifestantes contrários ao governo que tinham acampado na avenida Paulista.

Manifestantes anti-governo protestaram no último domingo e voltaram às ruas desde a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, na quarta-feira, e a divulgação de interceptações telefônicas entre o ex-presidente com Dilma, aliados e ministros de governo. Uma nova liminar emitida nesta sexta pela Justiça Federal de Assis, no interior de São Paulo, impediu pela terceira vez que o ex-presidente exerça suas funções no cargo.

Em Brasília, cerca de 2.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, se reuniram na Esplanada dos Ministérios, em ato a favor do governo. De vermelho, mais de 50 mil manifestantes ocuparam o centro do Rio de Janeiro, carregando faixas com os dizeres "fora Cunha, fica Dilma".

KG/rtr/Abr/ots