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Neocomunistas negociam o poder em Berlim

5 de dezembro de 2001

Doze anos após a queda do Muro de Berlim, o sucessor do Partido Comunista da antiga Alemanha Oriental, PDS, poderá assumir o poder na cidade outrora dividida.

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O escândalo financeiro que derrubou a coalizão de governo de Berlim, liderada pela União Democrata-Cristã (CDU), do chanceler que conduziu o processo de reunificação da Alemanha, Helmut Kohl, proporcionou o rompimento de dois tabus. Primeiro, o novo prefeito interino, Klaus Wowereit, assumiu publicamente que é homossexual e agora o Partido Social Democrático (SPD) está negociando uma aliança com o Partido do Socialismo Democrático, o PDS. Depois da primeira rodada de negociações, as cúpulas locais de ambas agremiações anunciaram, nesta quarta-feira, que o gabinete será constituído até meados de janeiro.

O prefeito social-democrata, Wowereit, mostrou-se otimista com as negociações. O chefe das negociações por parte dos neocomunistas, Gregor Gysi, também está confiante. Os dois partidos vêem sua aliança como um sinal da união de Berlim, onze depois da reunificação da cidade e da Alemanha. O secretário-geral do maior partido governista (SPD), Franz Müntefering, já excluiu a possibilidade de uma coalizão em nível federal com os pós-comunistas.

O SPD iniciou as negociações com o PDS só depois que fracassaram as conversações com os partidos Verde (PV) e Liberal (FDP), na noite de terça-feira (4). O presidente nacional do SPD e chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, jogou a culpa pelo fracasso nos liberais e nos verdes, pois teriam se mostrado incapazes de um consenso. Os social-democratas e verdes concordaram com um aumento de impostos sobre bebidas, entre outros produtos, mas os liberais rejeitaram.

Os social-democratas, sob a liderança do prefeito interino Wowereit, foram confirmados nas eleições parlamentares de Berlim, seis semanas atrás, como a maior força política, mas não ganharam votos suficientes para governar a cidade sozinhos.