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Nice homenageia vítimas do atentado

15 de outubro de 2016

Três meses depois do ataque que causou a morte de 86 pessoas durante as comemorações do Dia da Bastilha, a França presta homenagem às vítimas. Hollande diz que liberdade vai prevaler sobre o terrorismo.

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Nice
Foto: Picture-Alliance/dpa/E. Gaillard

Por volta de 2,5 mil pessoas participaram em Nice, neste sábado (15/10), da cerimônia em memória das vítimas do atentado de 14 de julho, quando um tunisiano que morava na cidade matou 86 pessoas durante as comemorações do Dia da Bastilha.

Além de sobreviventes e parentes das vítimas, estavam presentes também o presidente François Hollande, diversos ministros e deputados. Também participaram da cerimônia o ex-chefe de Estado Nicolas Sarkozy e a líder oposicionista Marine Le Pen, presidente do partido populista de direita Frente Nacional.

Na cerimônia, Hollande disse estar convencido de que a humanidade vai prevalecer sobre o terrorismo. Ele afirmou que os terroristas atacaram a "unidade nacional" da França no atentado realizado no Dia da Bastilha, data nacional do país. "No entanto, essa missão infame vai fracassar, e, no final, a unidade, a liberdade, a humanidade vão prevalecer", declarou o presidente francês.

"As vítimas dessa barbárie não tinham todas a mesma origem, a mesma história de vida, a mesma cor de pele, a mesma religião, mas hoje estão todas unidas na dor", disse o chefe de Estado durante a cerimônia na Colina do Castelo, perto do centro histórico de Nice. Hollande salientou que, após o atentado, rezou-se para as vítimas em todas as igrejas, mesquitas e sinagogas da cidade litorânea.

Durante a cerimônia, dois atores da ópera local leram os nomes dos 86 mortos, e escolares depositaram uma flor branca para cada um deles. Os participantes lembraram as vítimas com um minuto de silêncio, antes que um coro infantil cantasse a Marselhesa.

Nice
Presidente francês na cerimônia em que cada flor representou uma vítima do atentadoFoto: Picture-Alliance/dpa/E. Gaillard

Adiado pela chuva

Inicialmente, a cerimônia fúnebre estava prevista para esta sexta-feira, mas foi adiada em um dia devido à forte chuva. Na noite de 14 de julho, um tunisiano de 31 anos avançou com um caminhão sobre a multidão que se encontrava no passeio à beira-mar de Nice para assistir à queima de fogos em homenagem ao feriado nacional. Ele acabou sendo morto a tiros pela polícia.

O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) assumiu a autoria do atentado. Os investigadores, porém, não constataram nenhuma ligação entre o autor do ataque e o EI. O massacre em Nice foi o pior atentado na França desde a série de ataques coordenados a bares, restaurantes e à sala de concertos Bataclan em Paris, quando 130 pessoas foram mortas no dia 13 de novembro de 2015.

Quinze crianças morreram no atentado na noite de 14 de julho em Nice, outras 98 ficaram feridas. Por volta de um terço das vítimas eram muçulmanos. Vários turistas estrangeiros foram mortos, incluindo uma brasileira e sua filha. Ainda hoje, feridos do ataque estão em tratamento em hospitais.

CA/afp/dpa/dw