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Nikkei acerta compra do "Financial Times"

23 de julho de 2015

Grupo de mídia japonês concorda em pagar à editora britânica Pearson 1,3 bilhão de dólares pelo jornal econômico. Aquisição une dois dos líderes em publicações de notícias financeiras da Europa e da Ásia.

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Foto: Getty Images/AFP/N. Halle'n

O grupo japonês de mídia Nikkei acertou a compra do jornal britânico Financial Times (FT), nesta quinta-feira (23/07), numa operação avaliada em 1,3 bilhão de dólares (cerca de 4,1 bilhões de reais). A aquisição une dois dos líderes em publicações de notícias financeiras de Europa e Ásia.

O acordo com a Nikkei não inclui a sede londrina do Grupo FT ou os 50% de participação na revista The Economist, comunicou a editora britânica Pearson – proprietária do Financial Times. A transação ainda está sujeita a aprovações regulamentares e deverá ser concluída antes do fim deste ano.

"Apenas quero deixar claro que este não era e nem é um casamento forçado. Houve profundas e intensas horas de conversações", disse o editor-chefe do FT, Lionel Barber.

Já o chefe-executivo da Pearson, John Fallon, afirmou que a empresa foi uma orgulhosa proprietária do diário financeiro por quase seis décadas, mas que no atual ambiente de notícias, a "melhor maneira de garantir o sucesso jornalístico e comercial do FT é que ele faça parte de uma empresa mundial de notícias digitais".

O presidente e CEO do grupo Nikkei, Tsuneo Kita, disse estar "muito orgulhoso" da união com o FT. "Compartilhamos os mesmos valores jornalísticos", afirmou. "Nosso lema de proporcionar alta qualidade de apresentação de relatos sobre notícias econômicas e outros temas, mantendo lealdade e imparcialidade, é muito próximo ao do FT."

O carro-chefe do Grupo Nikkei, o jornal que leva o mesmo nome, possui um público de mais de 3 milhões de leitores somente para a edição matutina.

O anúncio da venda do FT à companhia japonesa veio após especulações na imprensa, inclusive no próprio Financial Times, de que o jornal provavelmente seria vendido à editora alemã Axel Springer, que publica jornais como o Bild e o Die Welt.

A Pearson, fundada em 1844, considerada a maior editora de livros do mundo e líder em publicações na área da educação. Ela adquiriu o Financial Times em 1957. Hoje, o Grupo FT inclui o tradicional diário impresso em papel cor salmão, o site ft.com e 50% de participação na revista semanal The Economist, além de uma joint venture com o jornal russo Vedomosti.

Analistas e investidores atribuem a venda à mudança de estratégia da Pearson, que agora está focada em educação. Fundado em 1888, o venerado Financial Times tem uma circulação de mais de 2 milhões de exemplares.

A versão alemã do jornal – o Financial Times Deutschland – foi criada em 2000 e extinta em 2012, devido a perdas estimadas em mais de 250 milhões de euros.

PV/rtr/ap/dpa