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Estabilidade do euro

22 de março de 2011

Sucessor do fundo europeu de estabilidade entra em vigor em 2013. Alemanha, maior economia do bloco, participará com 21,7 bilhões de euros para capital de base e com 168,3 bilhões de euros em garantias.

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Novo fundo deve garantir estabilidade do euroFoto: DW

Os ministros das Finanças da União Europeia chegaram a um acordo nesta segunda-feira (21/03) em Bruxelas para a criação de um fundo de resgate com 700 bilhões de euros para países da zona do euro em sérias dificuldades financeiras.

O plano prevê que os participantes do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade disponibilizem um capital inicial de 80 bilhões de euros, enquanto outros 620 bilhões de euros seriam "capital disponível", explicaram o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, e o primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do grupo do euro, Jean-Claude Juncker.

Cúpula para aprovação dos termos

O Mecanismo Europeu de Estabilidade deve entrar em vigor em 2013, quando se expira o atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, dotado com 750 bilhões de euros.

O novo fundo terá uma capacidade de empréstimo de 500 bilhões de euros. "Para que possamos efetivamente emprestar 500 bilhões de euros, precisamos de um capital de 700 bilhões de euros", explicou Rehn.

O texto final do acordo deve ser aprovado pelos chefes de Estado e de governo da União Europeia em sua cúpula em Bruxelas nesta quinta-feira. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, disse que, como maior economia do bloco, a Alemanha será responsável por 27,1% do capital do fundo, o que representam 21,7 bilhões de euros em capital de base e 168,3 bilhões de garantias, ou capital disponível.

Portugal vota plano de austeridade

O encontro teve como pano de fundo as especulações que permanecem ligando a possibilidade de Portugal ser o terceiro país da zona do Europa a solicitar ajuda do fundo, após Grécia e Irlanda, no ano passado. Apesar do alto custo de sua dívida, Portugal tem conseguido evitar pedir ajuda aos vizinhos.

Nesta quarta-feira, o governo socialista minoritário do primeiro-ministro José Sócrates deverá submeter seu pacote de austeridade ao Parlamento português, e tem grandes chances de ser rechaçado pela oposição conservadora.

Na análise do ministro português de Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, isso seria um erro. "Seria dar um grande empurrão para Portugal cair nos braços da ajuda externa", afirmou o ministro à agência alemã de notícias DPA.

MSA/rtr/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer