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O NOVO SUMO PONTÍFICE

23 de abril de 2005

Nesta semana, o tema predominante nos comentários de nossos leitores foi a eleição do novo papa.

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Bento 16 faz a saudação ao povo, logo depois de sua nomeaçãoFoto: dpa

Creio que teremos um papado breve e de transição. Bento 16 terá de olhar o mundo como pastor e não como inquisidor, tolerando a diversidade, sem a pretensão absurda de anular a individualidade na rigidez doutrinária e na prática eclesial.

Carlo Alberto Dastoli

Joseph Ratzinger representa a linha mais retrógrada do catolicismo. Foi o grande responsável pela condenação da Teologia da Libertação e pela perseguição a Leonardo Boff. Suas idéias conservadoras aumentarão a fuga de católicos da Igreja. Foi um grande passo atrás...

Cesar

Gostaria de parabenizar toda a comunidade alemã. Torci muito pela eleição do cardeal Ratzinger, por sua formação acadêmica, sua postura conservadora, mais no sentido de preservar do que conservar. Na atual conjuntura mundial, para falar de igual para igual com outras Igrejas e com grandes lideres mundiais, não creio que tivessemos alguém melhor do que um intelectual. Estou muito feliz, e tenho certeza de que será um sucesso seu pontificado.

Marta Maria Jansen

Espero que esse papa seja democrático, saiba entender os costumes éticos e políticos de todas as sociedades mundiais.

Ulisses Lubczyk

Acho que o novo pontificado será supreendente, pois o cardeal Ratzinger é conhecido como conservador porém muito inteligente. Como papa Bento 16 talvez seja um bom estrategista e saiba impor a doutrina rígida e controlar as desavenças existentes na Igreja.

Manoel

Vocês estão dando muito valor ao cristianismo e ao
Ratzinger, atualmente. Afinal de contas, isso é uma lista de notícias, ou um serviço de catecismo/proselitismo religioso?
Por uma DW laica!
Alan Pires Ferreira – Belo Horizonte/MG


HANS KÜNG E O NOVO PAPA

O Sr. Hans Küng é um aprendiz de revolucionário. Deseja modificar à força conceitos da Igreja Católica, mediante agressão verbal e posicionamento ideológico marcadamente contrário à opinião da Igreja Católica. Isso é possível em uma democracia, onde todos dizem o que desejam, agridem, mentem, usurpam, se utilizam de meios não legítimos, para um fim que geralmente é o poder. Ora, a Igreja não é uma democracia – ela foi instituída por Cristo juntamente com seus apóstolos, porém não foi fundamentada no princípio democrático. Por isso o Sr. Hans Küng precisa entender que o que ele deseja – agredir o Papa, modificar dogmas, introduzir opinião de leigos – não é compatível com o Evangelho. Ora, Sr. Hans Küng, da mesma forma que o Sr. e outros como o Sr. Boff pensam, é preciso saber que a grande maioria de intelectuais e membros do clero, bem como muitos leigos, são totalmente contrários à sua opinião. A sua voz, por mais alta que possa ser anunciada pela imprensa, ela é abafada pela maioria silenciosa, que não se utiliza da mídia nem da imprensa, porém também pensa e analisa.
Rui Ferreira

Hans Küng está coberto de razão! O perfil do novo papa não anima muito aqueles que amam a justiça e a paz. A Igreja buscou nele um caminho de reforço interno de alguns pontos da fé e da moral. De fato, precisamos esperar um pouco. A esperança é a última que morre!

Itamar

Hans Küng fala com conhecimento de causa, que pode ser apreendido por qualquer leigo como eu. As pérolas em formas de frases definitivas pronunciadas pelo papa são indicadores de sua postura destrutiva, tanto quanto o anterior, de pontes e outros artifícios capazes de sintonizar uma instituição como a ICAR com o mundo, que ela jura que vive para proteger. Leonardo Boff e outros humanistas dentro da ICAR tentaram dar rumo ao barco de Pedro vislubrando ancorá-lo junto aos que necessitam, fora da ICAR continuam seu apostolado de Pedro, deixando na estação a ICAR que perdeu de novo o trem, com o novo papa.

William Martins Lopes

Concordo plenamente com o teólogo. Hans Küng parece ser brilhante, ter agudeza de percepção e sensibilidade humana, pois captou a necessidade que não só os católicos mas toda a humanidade sente de um acolhimento, uma assistência espiritual, frente aos problemas pesados e aos grandes dilemas dos dias atuais: necessidade e dúvida em realizar um aborto, por exemplo, ou de entender um companheiro de outra religião e costumes, de ser ético ou não, em seu trabalho ou profissão, no dia-a-dia, na tentação diária da corrupção ou no apelo ao consumismo e ao materialismo duro e cruel. Acho que o mundo e o Vaticano perdem muito quando desprezam teólogos ou estudiosos dessa estatura.

Maria Alba

E se Hans Küng fosse o eleito papa? Acho que seria um outro Lula. Caótico. Muito falador. É claro, não há comparação, em termos intelectuais. Mas acho que no muito nhenhenhém os dois empatam. Ratzinger é muito mais profundo como pensador. Basta ler a jóia que é sua homilia do dia 18. Profundo e claro. Sintético. É o papa exato para os dias atuais. O Küng poderia ficar dando conselho para os nossos papagaios: Boff, Frei Beto, Lula...

Moacir