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O padeiro Reinhard Brauer, de Aerzen

25 de junho de 2010

Os alemães adoram pão. Tanto que, em nenhum outro lugar do mundo, há tantos tipos diferentes de pão como na Alemanha. Reihard Brauer é padeiro em sua própria panificadora em Aerzen, um vilarejo na Baixa-Saxônia.

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São 2 horas da madrugada e, apesar da horário, Reinhard Brauer não parece cansado. Ao contrário: aos 60 anos, o padeiro mistura com muita habilidade, na grande batedeira elétrica, o trigo e o fermento.

Equipe entrosada logo após a meia-noite

Por volta da meia-noite, entre a batedeira e o forno, o padeiro Reinhard inicia o trabalho. Ele é o responsável pelo preparo da massa, por isso precisa ser o primeiro a começar.

Meia hora depois, chega o primeiro assistente. Um segundo ajudante, que coloca a massa no forno, chega outra meia hora mais tarde.

Durante cinco horas, Reinhard e sua equipe fazem pães, pãezinhos e bolos. A equipe é bem entrosada e isso é um fator muito importante, afinal, até as 5h30, cerca de 500 produtos devem sair prontos do forno.

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Padeiro de corpo e almaFoto: DW

Reinhard é padeiro há mais de 30 anos. Ele herdou o negócio do seu pai. 15 horas de trabalho por dia não são incomuns para ele. Quando finalmente chega em casa, às 18h, ele lê o jornal e relaxa na companhia da esposa Renate. Ele gosta de ouvir música: rock n'roll, de preferência Elvis Presley.

Últimas férias foram a lua-de-mel

A empresa de Reinhard tem sete pontos de venda, que ele gerencia em parceria com sua esposa: "Renate supervisiona as vendas nas filiais, cuida da logística e de toda a contabilidade, além de gerenciar as filiais em si", explica o padeiro.

O artesão do pão não tem medo da concorrência de produtos industrializados: "Eu confecciono outros tipos de produtos, por isso sou mais flexível". Reinhard investe na proximidade com os clientes.

"Através das vendedoras, também tenho a possibilidade de criar um outro tipo de relação com os clientes. É um diferencial em relação ao produtor em escala industrial, que deixa seus produtos em um prateleira", conta Reinhard, autoconfiante.

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Reinhard não tem medo da concorrência dos produtos industrializadosFoto: DW

O sucesso do padeiro também tem seu preço: para Reihnhard e Renate, não sobra muito tempo para a vida privada. A última vez que eles realmente saíram de férias foi na lua-de-mel – uma viagem pelos países balcânicos até a Turquia.

A viagem foi em 1975, mas Reinhard não sente falta de nada e está cheio de ideias. O padeiro também aceita com tranquilidade a decisão do filho de não querer assumir o negócio da família e a sua escolha por uma outra profissão.

"Cada um deve procurar aquilo que o faz feliz", fala Reinhard, sem ressentimento. O que deixa Reinhard feliz é a sua panificadora. Ele e sua mulher nem cogitam parar de trabalhar.

Autora: Sonila Sand (aj)
Revisão: Rodrigo Rimon