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O produtor de leite Jakob Müller, da região do lago Chiemsee

14 de abril de 2010

Jakob Müller é produtor de leite na região do lago Chiemsee. As montanhas têm quase dois mil metros de altura. Ele e a esposa moram numa localidade tida como destino para férias. Ele tem 30 vacas nos Alpes de Chiemgauer.

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São 5h30. Lá fora ainda está escuro. No entanto, para o produtor de leite de 49 anos, o dia de trabalho começa cedo. Jakob Müller busca as vacas do pasto para dentro do estábulo. A mulher Bärbel espera por ele e pelos animais à porta do curral.

"A minha esposa fica conferindo se todas as vacas estão indo para as suas devidas divisões. Cada uma tem um espaço próprio com uma máquina própria para a ordenha", conta Jakob.

Quando as vacas finalmente estão nas suas baias, elas são alimentadas com feno. O casal preocupa-se constantemente em afagá-las e alimentá-las. O bem-estar dos animais é importante, pois facilita a ordenha.

Jakob cresceu nesta localidade e seguiu, com prazer, as pegadas dos pais. Ele gosta de lidar com os animais e adora a vida em contato com a natureza. "Sentimo-nos satisfeitos e orgulhosos quando vemos como um bezerro passeia pelas pastagens. O animal está saudável e salta de um lado para o outro!", esclarece o produtor de leite.

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A esposa Bärbel auxilia Jakob no trabalho do sítio

Trabalho duro

O trabalho é bonito, mas também é duro. Jakob precisa levantar todos os dias às 5h e somente às 19h é que pode descansar. As vacas precisam ser ordenhadas duas vezes por dia e depois são novamente conduzidas para o pasto à volta do sítio.

Jakob também precisa ir todos os dias à sua pastagem na montanha, onde estão parte das vacas. Ele precisa conferir se está tudo em ordem com os animais.

Quando a ordenha matinal chega ao fim, é hora de Jakob e Bärbel fazerem uma pausa: "Na realidade, o ponto alto do dia é o café da manhã com a minha mulher", diz Jakob enquanto a esposa põe a mesa. Ambos apreciam este momento, pois o trabalho não tarda a recomeçar.

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O dia de trabalho começa às 5h e só termina às 19h

Na pastagem da montanha

Depois do café da manhã, Jakob vai à montanha. A primeira parte do caminho ele faz de trator, até o momento em que termina a estrada. Depois, ele precisa ir a pé seguindo caminhos estreitos e íngremes até a pastagem que fica entre as montanhas de Kampenwand e Gederer Wand.

O ponto mais alto da montanha fica a 1.600 metros de altura. Nas épocas mais quentes do ano, as vacas têm o suficiente para comer nesse espaço: há o pasto verde e fresco e os arbustos ao longo dos 17 hectares da pastagem de Jakob. Uma área que equivale a 24 campos de futebol.

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Jakob vai às montanhas diariamente verificar o gadoFoto: DW

Pouco depois do meio-dia, Jakob volta para casa. Mas o que afinal faz dele um bom produtor de leite? A resposta está na ponta da língua: "É necessário saber lidar com a natureza. Precisamos ter raízes na vida agrária". Quando volta ao sítio, já é quase hora de preparar a segunda ordenha.

Tempos difíceis

Antigamente Jakob, para além de se entreter com a produção de leite, também conseguia lucrar com ela. Mas hoje a situação financeira do produtor de leite da Baviera mudou por causa da drástica diminuição dos preços do leite.

"Com a baixa do preço do litro de leite, ficamos com um buraco no caixa. E atualmente eu trabalho por zero euros", queixa-se Jakob. O problema assola também outros produtores de leite europeus. Mas Jakob consegue cobrir as despesas alugando três apartamentos para turistas durante os finais de semana. Às vezes ele presta serviços para sítios vizinhos.

"Tento sempre ver o lado positivo das situações. É assim que devemos ver as coisas." Jakob não desiste da profissão.

Autora: Carla Fernandes
Revisão: Alexandre Schossler