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ONG critica distribuição de ajuda internacional no Afeganistão

(aa)22 de fevereiro de 2002

A Ação Agrária Alemã afirma que os mantimentos chegam apenas às cidades. A maior parte da população, que vive nas áreas rurais, estaria sendo desfavorecida.

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Mulher pede esmola nas ruas de CabulFoto: AP

A organização de ajuda humanitária Ação Agrária Alemã criticou a ação internacional no Afeganistão por se concentrar nas cidades, em detrimento da população rural. Segundo o representante da ONG, Erhard Bauer, a pressão para se entregar rapidamente os alimentos a fim de se atingir bons resultados, soluciona os problemas da fome na região só a curto prazo.

Agricultores e camponeses, que representam 70% da população afegã, são os mais afetados pela guerra, pois ainda precisam lutar contra a seca. A ajuda humanitária internacional consegue evitar que centenas de pessoas morram de fome, mas no norte e nordeste do país, principalmente, ainda existem famílias subnutridas.

Com os olhos voltados a Cabul, a ajuda internacional estaria também provocando a migração de mão-de-obra especializada para a capital, prejudicando ainda mais as regiões rurais.

A Ação Agrária Alemã tem prestado serviços humanitários no Afeganistão desde 1993. Seus projetos são financiados pelo governo alemão ou pela União Européia. Este ano serão investidos nove milhões de euros na região.

Iniciativa privada –

Além da ajuda estadual, a iniciativa privada também tem contribuído em ação de solidariedade para amenizar os problemas gerados pela guerra no Afeganistão. Por exemplo, a entidade alemã Friedensdorf International (Vila da Paz Internacional) que já trouxe centenas de doentes afegãos para serem tratados na Alemanha. Da mesma forma, um grupo de médicos alemães está promovendo uma ação para pressionar o governo a enviar mais ajuda à região.