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ONU prevê 700 mil refugiados sírios até o final de 2012

27 de setembro de 2012

Número é quase quatro vezes maior que as projeções anteriores. Jordânia, Iraque, Líbano e Turquia são principais destinos dos refugiados. Oposicionistas dizem que número de mortos num único dia alcançou novo recorde.

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Foto: DW/Anasweh

A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) alertou nesta quinta-feira (27/09) que o número de pessoas em fuga da Síria pode chegar a 700 mil até o fim de 2012. O alerta foi feito logo depois do dia mais sangrento do conflito civil no país até agora, segundo oposicionistas.

De acordo com a ONU, cerca de 294 mil refugiados já se encontram em países vizinhos. A nova previsão ultrapassa em muito projeções anteriores, que calculavam em 185 mil o número de refugiados até dezembro.

"Há um número significativo de saídas ocorrendo, 100 mil pessoas em agosto, 60 mil em setembro e agora 2 mil ou 3 mil pessoas por dia ou noite", declarou em Genebra o coordenador-chefe para refugiados sírios do Acnur, Panos Moumtzsis. Segundo ele, o tempo para solucionar a crise está se esgotando.

A maioria dos refugiados fugiu para a Jordânia, o Iraque, o Líbano e a Turquia ou aguarda liberação para entrar num desses países. Perto de 6 mil sírios fugiram para o norte da África. Alguns chegaram até o sul da Europa, incluindo Chipre e Grécia.

Um dia fatal na Síria

O alerta da ONU veio depois que o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, grupo oposicionista baseado em Londres, declarou que 305 pessoas foram mortas no país nesta quarta-feira, o que torna o dia o mais sangrento do conflito até agora.

"Este é o maior número de mortes num único dia desde março de 2011 [quando o conflito começou]. E só estamos contando aqueles cujos nomes foram documentados. Se incluirmos os corpos não identificados, a soma é muito mais alta", declarou o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman, à agência de notícias AFP.

De acordo com o observatório, o número mais alto anterior havia sido registrado em 19 de julho, quando 302 sírios foram mortos no país.

RO/afp/dpa/rtr
Revisão: Alexandre Schossler