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Oriente Médio: Rau confiante, apesar de tudo

lk23 de junho de 2003

Em visita a Israel e regiões palestinas, o presidente da Alemanha, Johannes Rau, exorta as partes conflitantes a porem um fim à violência no Oriente Médio.

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Johannes Rau chega a Ashdod para inaugurar museuFoto: AP

Foi uma visita privada de Johannes Rau, que chegou a Israel proveniente da Jordânia, onde se realizou a conferência extraordinária do Fórum Econômico Mundial. Mas o presidente da Alemanha fez questão de expressar sua confiança de que a paz se torne uma realidade no conturbado Oriente Médio, ainda que o caminho até lá seja pedregoso. Rau exortou tanto israelenses quanto palestinos a darem apoio ao chamado road map, o plano de paz elaborado pelo quarteto constituído por Estados Unidos, Rússia, União Européia e Organização das Nações Unidas.

"O mais importante é acabar com os atentados, para os quais não existe nenhuma justificativa humana", declarou o presidente em encontro com seu colega israelense, Moshe Katzav, em Jerusalém. Rau prometeu que "nós, na condição de alemães e europeus, não vamos agir contra os Estados Unidos, mas sim fazer ao lado deles tudo o que estiver a nosso alcance para possibilitar a paz na região".

Museu ímpar no mundo

Ao inaugurar, juntamente com Katzav, o Museu de Arte Perseguida em Ashdod, uma cidade portuária ao sul de Telaviv, o presidente da Alemanha afirmou que manter viva a memória do Holocausto é a principal tarefa de sua geração. "Precisamos sempre voltar a esclarecer aos nossos filhos o que aconteceu e como foi possível que isso acontecesse." Já há três anos, em visita oficial a Israel, Rau dissera em discurso perante o parlamento israelense, o Knesset: "Quando as testemunhas dos acontecimentos estiverem mortas, é preciso que o conhecimento tenha passado com segurança para as mãos da juventude".

O museu em Ashdod foi inaugurado com a exposição Arte perseguida na Europa do século 20, com cerca de 320 obras do acervo do casal Bar-Gera. Durante mais de 30 anos, Kenda e Jakob Bar-Gera colecionaram obras de artistas perseguidos na antiga União Soviética e pelo regime fascista da Espanha, bem como trabalhos considerados como arte degenerada durante o nazismo na Alemanha. Trata-se do primeiro museu do mundo dedicado a este tipo de arte.