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Países do Caribe contabilizam destruição causada pelo furacão Sandy

4 de novembro de 2012

Fenômeno também deixou rastros de destruição no Caribe e mais de 70 pessoas morreram. A ONU teme pelo desabastecimento de alimentos em Cuba e no Haiti. Já nos EUA, outro furacão poderá atingir o país na próxima semana.

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Foto: picture-alliance/dpa

Uma semana após a passagem do furacão Sandy, a dimensão da destruição nos países caribenhos agora está sendo contabilizada. Além dos desabrigados e da destruição de plantações, Sandy causou a morte de mais de 70 pessoas na região – grande parte no Haiti.

Funcionários das Organizações das Nações Unidas (ONU) na capital cubana, Havana, descreveram Sandy como o pior furacão que já passou pela ilha nos últimos 50 anos. De acordo com dados do governo, 11 pessoas morreram. Mas fontes extra-oficiais falam em mais vítimas.

O furacão destruiu e danificou seriamente mais de 200 mil casas, hospitais e escolas. Além disso, Sandy arruinou cerca de 100 mil hectares de plantações e, consequentemente, as colheitas dos próximos meses. O escritório da ONU em Genebra, na Suíça, teme pela segurança alimentar em toda a ilha.

Ajuda insuficiente

Cuba sofre frequentemente com a passagem de furacões. Porém, esta foi a primeira vez que uma catástrofe natural atingiu um centro urbano do país: a cidade de Santiago de Cuba, com 500 mil habitantes, a segunda maior do país. De acordo com dados de um diplomata europeu, o governo cubano prestou ajuda rápida às vítimas, mas hesitou em receber a oferta de ajuda da ONU e de outros países.

Com isso, a ajuda de organizações religiosas teve um importante papel. A organização Caritas disse que já recebeu apoio financeiro dos Estados Unidos, da Suíça e da Alemanha. Países politicamente próximos de Cuba – como Bolívia, Venezuela e Rússia – encaminharam também ajuda humanitária.

Haiti: "Um desastre de grande dimensão"

Há também preocupações com a falta de alimentos no Haiti. O governo decretou estado de emergência no país para, assim, conseguir implementar um plano de ajuda eficaz para a população.

O primeiro-ministro haitiano, Laurent Lamothe, qualificou os estragos causados por Sandy como "um desastre de grande dimensão". Os números da ONU, em Genebra, na Suíça, confirmam que 60 haitianos morreram, 20 mil ficaram desabrigados e 70% da colheita no sul do país ficou comprometida. No total, 1,8 milhão de habitantes no país sofreram as consequências do furacão e, de acordo com o governo, houve prejuízo de 100 milhões de dólares.

Haiti Hurrikan Sandy Zerstörung Hungersnot
Haiti decretou estado de emergência e há preocupação com a falta de alimentosFoto: Getty Images/AFP

O Haiti é o país mais pobre do continente americano e já foi atingido, no passado, por várias catástrofes naturais. Ainda não foram recuperados os estragos por causa do terremoto ocorrido no início de 2010.

Na época, 300 mil pessoas morreram. Desde então, uma epidemia de cólera levou à morte 7 mil pessoas. É bem possível que a tempestade Sandy possa ter espalhado o vírus da cólera na região.

Onda de frio nos EUA

Após a passagem do furacão na costa leste dos Estados Unidos, milhões de pessoas ainda estão sem fornecimento de energia elétrica e de combustível.

Muitos permanecem em casas sem aquecimento e teme-se, agora, uma onda de frio nas regiões afetadas por Sandy. Até a próxima semana são esperadas temperaturas de até seis graus.

Ainda de acordo com meteorologistas, um outro furacão – porém mais fraco do que Sandy – se forma sobre o Oceano Atlântico e poderá atingir a costa leste dos Estados Unidos já na próxima semana.

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Pessoas aguardam para comprar combustível em um posto em Nova YorkFoto: Reuters

De acordo com informações da emissora CNN, o número de vítimas do furacão aumentou e chegou a 106 somente nos Estados Unidos e duas no Canadá.

Eleições

Cidadãos norte-americanos das regiões atingidas pelo furacão deverão, mesmo assim, votar nas eleições desta terça-feira (06/11). Eles deverão efetuar o voto em caminhões do Exército ou em acampamentos montados por militares, segundo informou o jornal The New York Times. De acordo com a emissora CNN, eventualmente os eleitores poderão votar por e-mail ou pelo envio de fax.

FC/epd/dpa
Revisão: Mariana Santos