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Leste Europeu exige plano B para crise migratória

15 de fevereiro de 2016

República Tcheca, Polônia, Hungria e Eslováquia prometem auxiliar Macedônia e Bulgária no controle de suas fronteiras caso Grécia e Turquia não consigam conter fluxo migratório.

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Encontro reuniu líderes do Visegrád e da Macedônia e BulgáriaFoto: Getty Images/AFP/M.Cizek

A República Tcheca, a Polônia, a Hungria e a Eslováquia prometeram nesta segunda-feira (15/02) apoiar a Macedônia e a Bulgária no controle de suas fronteiras caso a Grécia e a Turquia não consigam conter em breve o fluxo migratório.

Um plano alternativo para a proteção das fronteiras da Macedônia e a Bulgária foi discutido durante a cúpula dos líderes do Visegrad, grupo de cooperação do qual fazem parte a República Tcheca, a Polônia, a Hungria e a Eslováquia.

"Não podemos deixar os países dos Bálcãs sozinhos", afirmou o primeiro-ministro tcheco, Bohuslav Sobotka, após o encontro em Praga, e ressaltou que, além do plano de ação com a Turquia, a União Europeia (UE) precisa preparar medidas de segurança para proteger suas fronteiras externas.

Os países exigiram o apoio da UE ao plano alternativo caso a Turquia e a Grécia não consigam controlar a crise migratória. "Contamos que o plano de ação entre a União Europeia e a Turquia funcione, mas preciso admitir que estou pessimista", disse o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, acrescentado que, por isso, os líderes conversaram sobre um plano B.

O encontro ocorreu poucos dias antes da cúpula da União Europeia. A decisão do Visegrad bate de frente com a posição da Alemanha. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, defende uma solução para crise migratória em conjunto com a Grécia e a Turquia e é contrária ao fechamento de fronteiras dentro do bloco.

"A fronteira externa de Schengen que é decisiva para o movimento de refugiados está entre a Turquia e a Grécia", disse Merkel, em entrevista ao jornal alemão Stuttgarter Zeitung.

"Simplesmente construir uma cerca de proteção na Macedônia, que nem membro da UE é, e não nos preocuparmos com a situação emergencial que isso provocaria na Grécia não somente é um comportamento pouco europeu, como também não resolve nosso problema", ressaltou Merkel.

O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, também alertou contra soluções simplistas e lembrou que a Grécia faz parte da União Europeia e, por isso, o bloco tem a obrigação de proteger suas fronteiras. Steinmeier ressaltou ainda que a Turquia tem um papel fundamental para conter o fluxo migratório.

Há meses a Grécia está sob pressão devido ao grande número de refugiados que chega ao país, vindos da Turquia, e que seguem viagem, sem impedimentos, pela rota dos Bálcãs para a Alemanha, Áustria e Suécia. A situação levou vários países do espaço de Schengen, de livre circulação no bloco, a adotarem controles em suas fronteiras.

CN/rtr/dpa