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Pacifistas israelenses e palestinos juntos na Alemanha

(ef)5 de fevereiro de 2002

Ministro alemão do Exterior recebia líderes pacifistas palestinos e israelenses, enquanto o chanceler israelense justificava os assassinatos planejados de líderes extremistas como direito de autodefesa de Israel.

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Joschka Fischer prepara-se para nova missão de paz no Oriente MédioFoto: AP

Antes de sua nova missão de paz no Oriente Médio, o ministro do Exterior da Alemanha, Joschka Fischer, recebeu líderes dos movimentos pacifistas de Israel e da Autoridade Nacional palestina (ANP), em Berlim, nesta terça-feira.

Enquanto isso, o seu colega israelense, Shimon Peres, justificava, em Nova York, que os assassinatos planejados de extremistas palestinos seriam uma necessidade de autodefesa de Israel. E a ministra alemã da Cooperação Econômica, Heidemarie Wieczorek-Zeul, criticava os prejuízos que Israel causou ao projetos financeiros da União Européia (UE) com os seus ataques nos territórios palestinos.

Fischer conversou com o ex-ministro israelense da Justiça, Jossi Beilin, um dos arquitetos do acordo de Oslo, e com o líder da oposição, Jossi Sarid, do Partido Meretz. A delegação palestina foi chefiada pelo ministro da Informação de Yasser Arafat, Jossir Abed Robbo, e o diretor do Centro de Jerusalém para Mídia e Comunicação, Ghassan Khatib. Todos eles se declararam de acordo que só o restabelecimento da confiança entre as partes em conflito e meios políticos podem acabar com a violência no Oriente Médio.

Mediação

- Apesar da situação piorada da segurança na região, o chefe da diplomacia alemã planeja viajar para lá em meados deste mês numa nova missão de mediação. Em Nova York, onde participou do Fórum Econômico Mundial, encerrado segunda-feira, o ministro israelense Peres rejeitou uma mediação internacional no conflito, como sugeriu o encarregado especial da ONU, Terje Roed-Larsen, na semana passada.

Prejuízos

– Segundo dados divulgados pelo governo em Berlim, os ataques de Israel nos territórios palestinos causaram prejuízos de mais de 17 milhões de euros (US$ 14,80 milhões) aos projetos financiados pela União Européia nos territórios palestinos. A ministra da Cooperação Econômica disse que tal destruição é inaceitável e destacou que não existe solução militar para o conflito israelense-palestino.

O aeroporto de Gaza foi o alvo mais duramente atingido pelos bombardeios israelenses, com prejuízo avaliado em 9,3 milhões de euros. A destruição das instalações da radio palestina gerou o segundo prejuízo, de 3,3 milhões de euros. As instalações da polícia de Arafat sofreram danos superiores a 2 milhões de euros.