1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Parlamento da Venezuela aprova anistia para presos políticos

30 de março de 2016

Lei beneficia sobretudo líderes da oposição, como Leopoldo López, que foram detidos por supostas tentativas de desestabilizar o governo. Maduro promete vetar.

https://p.dw.com/p/1IMH6
Manifestantes em Caracas pedem libertação do oposicionista Leopoldo López
Manifestantes em Caracas pedem libertação do oposicionista Leopoldo LópezFoto: picture-alliance/dpa/EFE/M. Gutierrez

O parlamento da Venezuela, onde a oposição tem maioria, aprovou nesta terça-feira (29/03) uma lei de anistia a presos políticos. A bancada "chavista" rejeitou a proposta, afirmando que ela beneficia quem cometeu crimes graves, e o presidente Nicolás Maduro prometeu vetar a nova regra.

A lei visa beneficiar membros da oposição presos por delitos relacionados com atos de violência e supostas tentativas de desestabilizar o governo. O projeto de lei deu entrada no Parlamento em 5 de fevereiro.

A proposta beneficia sobretudo um grupo detido durante os protestos contra Maduro no início de fevereiro de 2014, liderados por Leopoldo López. Ele foi condenado a quase 14 anos de prisão, considerado culpado por incitar à violência nas manifestações, nas quais mais de 40 pessoas morreram.

O texto será enviado ao Executivo para assinatura, embora a lei venezuelana dê ao Legislativo mecanismos para promulgar leis sem o aval do presidente.

"Tenham certeza de que essa lei, por aqui, não passa", disse Maduro horas antes da aprovação pelos parlamentares. "Leis para proteger terroristas e criminosos não vão passar por aqui. Façam o que façam", acrescentou, em discurso televisionado.

O presidente afirma, a exemplo de seu antecessor, Hugo Chávez, que em seu país não há presos políticos, mas políticos presos.

O governo de Maduro poderá recorrer ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para rejeitar a lei como inconstitucional, como fez em vários conflitos recentes envolvendo os dois poderes, nos quais o governo socialista tem saído vitorioso.

MD/lusa/efe