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Parques alemães perdem dinheiro e alegria

Märte Burmeister (gf)9 de julho de 2005

Parques temáticos não são divertidos para seus donos quando estes perdem dinheiro. Na Alemanha, tenta-se oferecer mais atrações para manter a competitividade, mas a economia do país é um obstáculo.

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Legolândia tenta evitar ruínaFoto: AP

De acordo com a mídia dinamarquesa, o fundo de investimentos norte-americano Blackstone vai incorporar as quatro Legolândias, parques temáticos localizados em Billund (Dinamarca), Günzburg (Alemanha), Windsor (Inglaterra) e Carlsbad (Estados Unidos).

O valor da aquisição, esperada para este verão setentrional, está estimado em 400 milhões de euros, quantia significativamente inferior ao que se previa. A empresa Lego não quis comentar a especulação dos jornais.

O dono da companhia pretende manter apenas uma minoria em seus parques, que já deram prejuízio de pouco mais de 400 milhões de euros aos negócios de sua família. Especialmente os três parques localizados fora da Dinamarca se tornaram deficitários.

Considerando que a venda de brinquedos caiu 7% em comparação a 2003, a Lego agora pretende se concentrar mais na construção de suas pecinhas de montar. Parques temáticos ficarão de lado.

Disney, onde tudo leva ao lucro

O parque temático norte-americano é diferente: nos primeiros seis meses do ano fiscal 2004/2005, a Walt Disney teve um crescimento no número de seus visitantes e de hóspedes em seus hotéis, e registrou aumento nas receitas de seus parques.

No segundo trimestre da temporada, a companhia obteve uma receita de US$ 2,1 bilhões, o que significa um aumento de 26%. O lucro operacional subiu 3% para US$ 193 milhões. Os parques temáticos da Disney se recuperaram com sucesso da crise econômica causada pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Disneyland in Hongkong
Disneylândia: superando fronteirasFoto: AP

Em vez de pensar em cortes ou em vendas, a Disney planeja sempre mais. Em setembro deste ano, a companhia inaugurará um parque em Hong Kong e também espera grandes impulsos econômicos no ano de seu 50º aniversário.

Parque temático em vez de férias

Já na Alemanha e no resto da Europa, a situação econômica desfavorável não contribui para o boom registrado pelos parques nos EUA. Mas Ulrich Müller-Oltay, presidente da Associação Alemã de Parques Temáticos e Indústria do Lazer, disse não acreditar que os parques estejam em perigo.

“Por um lado, o problema é a nossa difícil situação econômica. Naturalmente os cinco milhões de desempregados deixam automaticamente de ser visitantes”, argumentou. “Por outro, muitas pessoas desistem de suas férias no exterior para passar um dia em um parque temático. O custo aqui ainda é baixo em comparação com a Inglaterra, por exemplo.”

Novas atrações, mais gastos

Não é tão simples atrair visitantes aos parques temáticos da Alemanha e da Europa. As famílias são um pouco reticentes em relação ao dinheiro, quando o assunto é o lazer. De acordo com Alain Trouve, gerente na Alemanha da corporação francesa Grevin & Cie, que administra alguns parques, “isso é verdade também para holandeses e franceses”.

A empresa é dona de seis parques na França, Holanda, Inglaterra e Alemanha, incluindo o Fun Fortress e o Panorama Park.

Para atrair mais visitantes, a companhia investiu em novas atrações. Trouve acredita que os visitantes estarão mais dispostos a pagar sabendo que um parque tem novidades a oferecer.