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Partido Verde sob enorme pressão

Assis Mendonça21 de novembro de 2001

A controvérsia interna do partido e a pressão explícita do SPD transformam Rostock num congresso de sobrevivência para os verdes.

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Joschka Fischer mostra-se disposto a impor seu ponto de vista em RostockFoto: AP

O Partido Verde continua sob pressão dos parceiros de coalizão do SPD (Partido Social Democrático) para que tome uma clara decisão a favor da participação militar alemã na aliança internacional antiterrorismo, durante a convenção nacional em Rostock, no próximo fim-de-semana. Círculos do SPD instaram hoje o ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, a que discipline o seu partido, fazendo com que não ponha em dúvida a resolução do Parlamento alemão, de enviar soldados alemães ao Afeganistão.

O próprio Fischer mostra-se irritado com as turbulências e críticas por parte de alguns deputados e da base do Partido Verde. Numa entrevista à revista semanal Stern, o ministro afirmou que os verdes têm de decidir, "se apóiam inteiramente a linha governamental ou se querem deixar o governo". Fischer pretende exigir uma clara confirmação da resolução parlamentar durante a convenção partidária de Rostock: "Também a base do partido tem finalmente que assumir responsabilidade." Na sua opinião, não é aceitável que todas as questões internacionais sejam deixadas em suas mãos, "para que depois me deixem no ar".

Pressão dos fatos

A posição de Joschka Fischer foi criticada pela vice-presidente do Bundestag, Antje Vollmer, integrante da ala pacifista dos verdes. Segunda ela, a atual situação do partido não pode ser mantida indefinidamente, pois Fischer age "em geral de forma espontânea e nós temos depois de obrigar o partido a ceder à pressão dos fatos". Antje Vollmer acusou Fischer de estar perdendo o contato com a base do partido. Contudo, "para ele os verdes são mais importantes, do que ele próprio acredita", declarou a deputada.

O ministro do Meio Ambiente, Jürgen Trittin, conclamou seus correligionários do Partido Verde a concentrarem-se nos êxitos obtidos, em vez de lamentar a suposta situação calamitosa do partido. "Parem de chorar", disse ele numa entrevista ao jornal Hannoversche Allgemeine Zeitung. Para Trittin, o que os verdes têm de fazer na convenção de Rostock é apresentar uma imagem convincente, como ponto de partida para a campanha eleitoral de 2002.