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Pesquisadores encontram cerca de 50 múmias no Egito

Clarissa Neher29 de abril de 2014

Descoberta incluí restos mortais de príncipes e princesas da 18ª dinastia faraônica e série de objetos, como máscaras mortuárias e vasos canópicos. Especialistas suspeitam que sarcófago foi saqueado no século 19.

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Foto: Universität Basel/M. Kacicnik

Os restos de cerca de 50 múmias, entre elas de príncipes e princesas da 18ª dinastia faraônica, que governou o Egito entre 1550 e 1292 a.C., foram encontradas no Vales dos Reis, em Luxor. O anúncio da descoberta foi feito na segunda-feira (28/04) pelo Ministério das Antiguidades, no Cairo.

As múmias foram encontradas em uma escavação feita pelo governo egípcio em conjunto com pesquisadores da Universidade de Basileia em uma região já bastante explorada, onde se acreditava que todos os segredos relativos às tumbas egípcias já haviam sido desvendados.

Entre as 30 múmias já identificadas foram encontradas pelo menos oito princesas ainda desconhecidas e quatro príncipes. A identificação foi feita pelas inscrições nos túmulos que apontam para filhos e filhas dos faraós Tutmés 4º e Amenófis 3º, ambos enterrados no Vale dos Reis. Além de familiares reais, havia alguns estrangeiros.

"Nós encontramos um número impressionante de recém-nascidos e crianças pequenas mumificadas, que foram apenas enterradas. Suspeitamos que os membros da família real foram enterrados ao longo de várias décadas nesse túmulo", diz Susanne Bickel, da Universidade de Basileia.

Ägyptologen identifizieren Grab der Königskinder
Marcas indicam incêndio no túmuloFoto: Universität Basel/M. Kacicnik

Marcas de incêndio nas paredes das cinco salas subterrâneas, que ficam a uma profundidade de seis metros, indicam que o túmulo foi saqueado na antiguidade e no século 19. Segundo Bickel, um grande incêndio teria sido provocado, provavelmente pelas tochas dos saqueadores.

Mas, apesar do incêndio, uma grande quantidade de objetos permaneceu conservada. Ao lado dos sarcófagos de madeira foram encontradas máscaras mortuárias, vasos canópicos, onde eram guardados os órgãos dos mortos, e restos de tecidos.