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Photokina 2004: entusiasmo contínuo no setor digital

Christoph Bickel28 de setembro de 2004

A Photokina, maior feira de fotografia do mundo, abre as suas portas em Colônia. Até o dia 3 de outubro, cerca de 1,5 mil expositores de 50 países apresentam as suas novidades.

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Um homen fantasiado de diabo apresenta a nova Canon ixusFoto: AP

Apesar de muitas empresas de todos os setores reclamarem das baixas vendas, a indústria fotográfica mostra-se bastante otimista: o entusiasmo em relação às câmeras digitais continua sendo forte. Neste meio tempo, 65% de todas as câmeras vendidas no mundo já são digitais. A indústria eletrônica interessa-se igualmente pela fotografia digital. Celulares com câmeras digitais estão na moda, como mostra a Photokina, a maior feira de fotografia do mundo. A partir desta terça-feira (28/09), cerca de 1500 expositores de 50 países apresentam as suas novidades na cidade de Colônia.

"Sorria, por favor, você está sendo fotografado" – para os expositores na Photokina isto será fácil, já que eles esperam um forte aumento das vendas. Na Alemanha, pretendem faturar 10 bilhões de euros neste ano, ou seja, quase 8% a mais do que no ano passado. Embora o comércio com as câmeras tradicionais tenha baixado visivelmente, foi mais do que compensado pelo aumento nas vendas das digitais, cada vez mais preferidas pelo consumidor.

Celulares na Photokina

Frau mit Fotohandy
Celulares com câmera fotográfica estão muito na modaFoto: Bilderbox

Ainda mais popular do que as máquinas fotográficas digitais, são os celulares com câmera embutida. Estima-se vender 13 milhões de aparelhos neste ano, três vezes mais que no ano passado. Por isso, pela primeira vez também se encontram fabricantes de celulares, como Nokia e Sony Ericsson, na Photokina. A empresa Sony Ericsson, por exemplo, apresenta um celular com uma câmera digital que dispõe de 1,3 megapixel e que mais parece uma câmera que um celular.

"Se o desenvolvimento continuar assim, a curto até médio prazo o celular provavelmente substituirá as câmeras digitais simples, mas não aquelas que alcançam uma resolução suficiente para poder imprimir as fotos. Aqui vemos ainda um grande potencial", disse Helmut Rupsch, da Associação Alemã da Indústria Fotográfica.

Novidades

Photokina in Köln
A Photokina 2004 em ColôniaFoto: dpa Zentralbild

A Photokina traz muitas novidades em relação à fotografia digital. A norte-americana Kodak, que quase perdeu o bonde da digitalização, agora tenta recuperar as suas cotas no mercado através da série Easy Share. A Kodak Easy Share pode ser ligada diretamente a uma impressora, para imprimir as fotos. Nos olhos de muitos fabricantes, esta inovação é vista como o sistema do futuro, porque até agora apenas se imprime cerca de 20% das fotografias feitas. A pequena impressora, que imprime imagens em 10 x 15 centímetros, custará 149 euros.

Leica, o fabricante alemão de câmeras profissionais, também quer uma fatia do mercado digital. O problema é que um cliente da Leica, que já tenha investido muito dinheiro em uma câmera reflex analógica, não vai querer abandonar o seu equipamento caro. Gero Furchheim, da Leica, agora encontrou uma solução para estes clientes: "Com o nosso sistema analógico-digital, somos a única empresa no mundo que oferece a possibilidade de transformar uma câmera reflex em menos de um minuto em uma digital", explicou.

A japonesa Casio apresenta uma máquina fotográfica digital apenas um pouco maior do que um maço de cigarros. Embora seja muito pequena, conseguem-se ótimas fotografias através da nova lente de cerâmica. "Uma Casio Exilim sempre se carrega no bolso. Você tira a sua foto rápida e direta e pode ver o resultado no display pequeno", disse um porta-voz da Casio alemã.

Círculo vicioso

O boom digital da indústria fotográfica também trouxe problemas. Hoje, de 30 até 40 empresas dividem o mercado, onde poucos anos atrás apenas havia algumas grandes manufaturas especializadas em fotografia. A indústria reclama a queda dos lucros no comércio com as câmeras digitais. A concorrência forte neste segmento trouxe um verdadeiro círculo vicioso dos preços baixos.