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Piloto de caça russo é resgatado na Síria

25 de novembro de 2015

Em operação que dura 12 horas, forças de segurança sírias e russas salvam segundo piloto de avião abatido pela Turquia. O outro comandante teria sido morto "de maneira selvagem por jihadistas".

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Foto: picture-alliance/dpa/Haberturk Tv Channel

Um dos pilotos russos do caça abatido pela Turquia próximo à fronteira do país com a Síria está em segurança, após ser resgatado por militares da Síria e da Rússia, afirmou nesta quarta-feira (25/11) o presidente Vladimir Putin à agência de notícias TASS.

Putin anunciou ainda que o piloto e todos os participantes da operação de resgate receberão "honras de Estado". O outro piloto da aeronave, que morreu, receberá a maior condecoração do país, a medalha Herói da Federação Russa, por sua valentia.

O embaixador da Rússia na França, Alexander Orlov, confirmou o resgate do segundo piloto. Os dois comandantes teriam conseguido se ejetar da aeronave antes que ela explodisse, disse. O que morreu estava ferido e foi executado "em solo de maneira selvagem por jihadistas"; o outro "conseguiu escapar e ser resgatado", afirmou.

Num comunicado divulgado pela agência estatal Sana, o Exército sírio afirmou que forças de seguranças sírias e russas entraram em aéreas onde os "terroristas" estão entrincheirados e resgataram o piloto.

De acordo com o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, a operação de resgate durou 12 horas e contou com a participação de militares sírios e russos. "A operação terminou com sucesso. O piloto foi levado para nossa base, são e salvo", afirmou.

"Gostaria de agradecer todos que trabalharam sob grande risco durante toda a noite e finalmente completaram seu trabalho às 3h40", disse ainda Shoigu.

Reforço na Síria

O Kremlin afirmou que, apesar do incidente, o país continuará realizando ataques aéreos na região de fronteira entre a Síria e a Turquia. "Gostaríamos de manter terroristas e militantes longe da fronteira turca, mas infelizmente eles tendem a estar situados no território sírio próximo à fronteira", declarou Dmitri Peskov, porta-voz do governo.

Shoigu anunciou que Moscou reforçará sua presença na Síria enviando um sistema de míssil antiaéreo S-400 à sua base na província de Lataquia, onde o avião abatido caiu.

Um dia após o abate do caça russo, o Observatório Sírio para Direitos Humanos afirmou que Moscou realizou ataques aéreos intensos na província. De acordo com o diretor da organização baseada em Londres, Abdel Rahman, ao menos 12 bombardeios foram realizados na região desde o início da manhã desta quarta-feira.

CN/afp/rtr/dpa/ap