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População alemã é uma das mais idosas do mundo

Laís Kalka8 de abril de 2002

População com mais de 60 anos aumenta no Terceiro Mundo. Idosos serão um quinto da população da Terra em 2050 - prevêem especialistas. Encontro da ONU sobre demografia começa nesta segunda-feira (08), em Madri.

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Foto: Bilderbox

O mundo está passando por uma verdadeira revolução em sua estrutura demográfica, com o aumento constante da população de idosos. A cota de habitantes com mais de 60 anos já chega a 25% na Itália, sendo apenas insignificantemente inferior na Alemanha, Grécia e Japão. Mas é nos países emergentes e em desenvolvimento que o aumento da população idosa se dá em ritmo especialmente acelerado. Hoje, ela cresce quatro vezes mais rapidamente do que na Europa Ocidental.

Peritos em demografia calculam que, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos crescerá no mundo inteiro dos atuais 630 milhões para dois bilhões, perfazendo então um quinto da população da Terra. Pela primeira vez na história da humanidade, o número de idosos superará o de crianças e adolescentes.

Problemas e desafios

– A inversão da pirâmide etária representa um enorme desafio para a sociedade. Financiamento de aposentadorias, tratamento médico e assistência aos idosos, equilíbrio da população economicamente ativa através da imigração: estas são apenas algumas das questões para as quais haverá que buscar solução. Proporcionar um "envelhecimento ativo", com participação mais longa na vida profissional e maior co-gestão na política é o grande desafio para os políticos, diante de uma população com expectativa de vida cada vez mais longa.

A reformulação do "plano de ação para os idosos" elaborado em 1982 é o objetivo da Segunda Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento, promovida pela ONU a partir desta segunda-feira (08), em Madri, com cerca de 5000 participantes de 160 países. A conferência deve levar em consideração as profundas transformações ocorridas nos 20 anos que se passaram desde a realização do primeiro encontro sobre o assunto, sobretudo o desenvolvimento demográfico no chamado Terceiro Mundo. Afinal, como bem ressalta a diretora da Organização Mundial da Saúde, Gro Harlem Brundtland, "é preciso nos conscientizarmos de que as nações industrializadas primeiro enriqueceram para depois envelhecer, enquanto os países em desenvolvimento estão envelhecendo antes de ficarem ricos".