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Por um semestre de harmonia

Theo Georgitsopoulos/rw14 de janeiro de 2003

Grécia apresenta metas de trabalho para os seis meses em que exerce a presidência rotativa da União Européia, até junho.

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Atenas preside UE desde janeiro

Não foi por acaso que a apresentação oficial do programa da Grécia na presidência da União Européia iniciou com uma tradicional dança grega, executada pela Orquestra Jovem da União Européia. Com isso, o governo de Atenas quis simbolizar a importância da harmonia na sua gestão, iniciada neste mês de janeiro.

A principal preocupação no momento, segundo o ministro grego do Exterior, é a busca de um consenso em relação ao Iraque. "Não acho que as posições de britânicos, alemães e franceses sejam tão divergentes. Todos somos de opinião de que as Nações Unidas são um fórum cujo objetivo é o esforço pela paz", opina Georg Papandreou.

"Todos somos contra armas de destruição em massa e achamos que o Iraque é obrigado a cumprir a resolução 1441. Compete à presidência encontrar um senso comum, mas a responsabilidade em mantê-lo é dos 15 países", completa.

Negociações com outros candidatos

Outra questão prioritária da Grécia na chefia da União Européia (UE) é consolidar o caminho para o ingresso dos dez países convidados, durante a cúpula de Copenhague em dezembro, a integrar para a União Européia a partir de 2004. Os acordos neste sentido deverão estar prontos para serem assinados a 16 de abril em Atenas.

O governo grego quer intensificar desde já as relações com a Romênia e a Bulgária, cujo ingresso na comunidade está previsto para 2007. Uma atenção especial é dedicada à Turquia, que está, por assim dizer, "em observação" até o final de 2004 e tem na Grécia uma grande defensora.

A aproximação com as vizinhas Albânia e Iugoslávia é outro objetivo. A tradição dos Bálcãs não se resume a guerras e conflitos étnicos, ressalta Papandreou, "precisamos integrar a região à federação européia explorando aspectos positivos, como a oferta multicultural da região".

Comando das tropas de paz da OTAN

No tocante à política de segurança e de relações exteriores, durante a gestão da Grécia na presidência rotativa da UE, a força européia de intervenção assumirá suas primeiras missões. Criada em dezembro, ela substituirá soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da ONU como força de paz na Macedônia e na Bósnia, respectivamente.

Além disso, Atenas sugeriu um amplo debate na comunidade dos 15 a respeito de uma indústria armamentista comum e projetos conjuntos para o desenvolvimento de novos sistemas de defesa.

Da mesma forma como as presidências anteriores, também a Grécia vai se ocupar com as conseqüências da má conjuntura econômica, o desemprego crescente e o combate à imigração ilegal, problemas que atingem a maioria dos países da União Européia.