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Portão dos filmes brasileiros no mercado internacional

Carlos Ladeira12 de fevereiro de 2002

O Festival Internacional de Cinema de Berlim serve como plataforma de divulgação do cinema nacional. Brasil está bem representado com cerca de 30 filmes, além de duas estréias mundiais.

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Cinema brasileiro tem participação marcante na BerlinaleFoto: AP

Mesmo sem concorrer ao Urso de Ouro, os filmes brasileiros têm uma participação expressiva no 52º Festival Internacional de Cinema de Berlim. Com aproximadamente 30 produções, incluindo duas estréias mundiais, o Brasil não só marca presença na Berlinale, como faz dela uma plataforma de divulgação e comercialização dos seus filmes.

"O Festival Internacional de Cinema de Berlim é o lugar ideal para a distribuição e difusão de filmes brasileiros", afirma João Vargas Penna, diretor assistente do Grupo Novo de Cinema e TV. A organização, que coordena a participação do Brasil no Mercado Europeu de Cinema há oito anos, vê na Berlinale um evento de importância estratégica para os filmes nacionais, uma vez que "conta com a presença de mais de quatro mil comerciantes especializados na indústria cinematográfica de 40 países", comenta Penna.

A Berlinale serviu de palco para a estréia mundial de dois longas-metragens brasileiros: As Três Marias, uma co-produção ítalo-brasileira de Aluizio Abranches, e Moro no Brasil, uma co-produção teuto-finlandesa-franco-brasileira de Mika Kaurismuki. A primeira produção narra a história de Filomena Capadócio, uma mãe de família que manda as suas filhas procurarem pistoleiros para vingar a morte do marido, que foi vítima de um ataque ao clã Capadócio. Já a segunda, explora os diferentes ritmos e gêneros musicais do Brasil. Uma espécie de Buena Vista Social Club à brasileira.

Para entrar no competitivo mercado cinematográfico mundial, o Brasil ainda precisa lutar contra a política interna de lançamento de filmes. Segundo João Vargas Penna, "se faz necessária uma mudança radical na forma como os filmes são hoje lançados no país, onde são priorizadas as produções estrangeiras, especialmente as americanas". Ele acredita que não reste outra saída para o cinema nacional, senão "correr atrás dos festivais internacionais para divulgar as suas produções, apostando em um sucesso de bilheteria retroativo, ou seja, de fora para dentro".

Cinema brasileiro na Europa –

O Brasil se faz presente na Berlinale com três curtas-metragens, um filme na seção do Fórum do Filme Jovem, quatro no Panorama e 21 no Mercado Europeu do Cinema.

Curtas-metragens:

  • Clandestinos
  • - Patrícia Moran
  • Dadá
  • - Eduardo Vaisman
  • Portão de Ouro
  • - Fernando Meirelles

Co-produção americano-brasileira no Fórum do Filme Jovem:

  • É minha cara
  • - Thomas Allen Harris

Panorama:

  • As Três Marias
  • - Aluizio Abranches
  • Moro no Brasil
  • - Mika Kaurismuki
  • Invasor - Beto Brant
  • A Defensora da Luz
  • - Monika Treut

Mercado Europeu do Cinema (algumas produções):

  • Amores Possíveis - Sandra Werneck
  • Bufo & Spallanzini - Flávio Tambellini
  • A Cobra fumou - Vinícius Reis