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Posicionamento dos candidatos em relação à Europa

Vanessa Fischer12 de setembro de 2002

Os candidatos a chanceler federal e suas posições em relação à UE interessam não somente o eleitor alemão, mas também os governos dos países-membros.

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Quando ainda governador da Baixa Saxônia, Gerhard Schröder era considerado um crítico da União Européia. Hoje, após quatro anos como chefe de governo da Alemanha, sua diplomacia atingiu um nível que demonstra firmeza no palco político da UE, apoiando o processo de expansão para o Leste e recomendando maior democratização das instituições européias.

Mas seu desafiante Edmund Stoiber também superou sua fase de bávaro eurocético, adquirindo há algum tempo o perfil de representante e reformador na UE. Quando Schröder e o premiê britânico, Tony Blair, apresentaram há alguns meses uma iniciativa conjunta de como tornar mais efetiva a política em Bruxelas, contaram com a aprovação de Stoiber.

Necessário ou possível?

Neste ponto, o candidato da União Democrata-Cristã e União Social Cristã (CDU/CSU), cujo lema em relação a Bruxelas sempre foi "Europa, onde necessário", em vez de "Europa, onde possível", parece ter se aproximado da linha pragmática e modernista do chanceler federal.

Mas Schröder não ficou atrás. Desde que seu desafiante foi nomeado candidato da oposição, observa-se que o chanceler federal procura levar mais em conta os interesses nacionais da Alemanha, principalmente no setor econômico.

Foi justamente aí que Stoiber já deixara claro que não aceitaria uma centralização da política econômica dos países-membros, proposta apresentada pela Comissão Executiva da UE.

Schröder, por sua vez, mesmo não verbalizando uma rejeição geral, vem demonstrando desde o começo deste ano sua ambição de proteger a indústria nacional contra intervenções por parte da burocracia de Bruxelas. É o caso dos planos da Comissão de liberalizar o mercado de automóveis, que ele não está disposto a apoiar.

Aproximação de dois lados

Outro setor que mostra a aproximação de Schröder e Stoiber em seu posicionamento quanto à UE é o da política agropecuária. Tanto o chanceler federal quanto seu adversário querem reduzir as subvenções diretas aos agricultores europeus por parte da Alemanha, cuja contribuição financeira é até agora a mais alta em comparação com os demais países-membros.

O que se observa geralmente no decorrer de campanhas eleitorais é a polarização de posições políticas, mesmo que não com base em conteúdos. Neste caso, observa-se o contrário. De tanto procurar um equilíbrio entre a defesa de interesses nacionais e a contribuição para o processo de unificação da Europa, os candidatos parecem ter chegado a posições congruentes. Mais uma equiparação que dificulta a busca de um perfil político.