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Premiê da Líbia renuncia durante entrevista

12 de agosto de 2015

Abdullah al-Thinni anunciou a decisão de deixar o poder em acalorado debate na TV. País vive sob regime caótico, alimentado pela disputa política entre dois gabinetes rivais. Governo líbio, entretanto, negou a renúncia.

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Foto: Reuters/E.O. Al-Fetori

O internacionalmente reconhecido primeiro-ministro da Líbia, Abdullah al-Thinni, anunciou numa entrevista a uma emissora privada do país que irá renunciar ao posto de chefe de governo. A alegação ainda é oficialmente negada pelo governo líbio.

"Eu renuncio oficialmente e apresentarei a minha demissão à Câmara dos Representantes no domingo", disse Thinni ao canal televisivo numa entrevista transmitida na terça-feira (11/08), comunicou a agência oficial de notícias LANA.

Durante a entrevista, Thinni ficou furioso quando o apresentador lhe fez perguntas que teriam sido enviadas pelos espectadores, que haviam criticado o primeiro-ministro pela falta de segurança e de ajuda para as pessoas deslocadas devido ao regime caótico na Líbia.

Quando o apresentador questionou Thinni o que ele faria se houvesse protestos, o premiê respondeu: "As pessoas não precisam protestar contra mim, porque eu renuncio oficialmente da minha posição."

No entanto, não ficou claro se a renúncia de Thinni era para ser levada a sério. Críticos têm dito repetidamente que o gabinete de Thinni emite declarações sem relevância.

O governo internacionalmente reconhecido está baseado numa cidade remota no leste do país desde que seus membros tiveram que fugir de Trípoli, há um ano, quando a capital foi tomada por um grupo armado que criou uma administração rival.

O gabinete de Thinni, que trabalha a partir de hotéis, tem tido dificuldade em atingir qualquer impacto político, enquanto cidadãos se queixam sobre desordem, escassez de combustível e medicamentos, além da deteriorante segurança pública.

Ministérios e edifícios-chave do Estado em Trípoli estão sob controle da administração rival, que não foi reconhecida por potências mundiais. As Nações Unidas estão tentando colocar ambas as facções na mesa de negociação para tentar formar um governo de unidade – sem sucesso até então.

PV/afp/rtr