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Presidente do Afeganistão anuncia ministros

12 de janeiro de 2015

Após três meses de um impasse que ameaçava a estabilidade política do país, gabinete do presidente Ashraf Ghani é anunciado e deverá agora ser aprovado pelo Parlamento.

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Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani concordaram com um governo de unidade nacional em setembro passadoFoto: AFP/Getty Images

O novo gabinete de governo do Afeganistão foi anunciado nesta segunda-feira (12/01), três meses após a eleição do presidente Ashraf Ghani e o anúncio da formação de um "governo de unidade", que se seguiram a um processo eleitoral marcado por fraudes.

Ghani tomou posse no final de setembro, depois de assinar um acordo de compartilhamento do poder com seu rival nas eleições, Abdullah Abdullah. O governo de unidade foi visto como a salvação do país do risco de uma guerra civil, após ambos os candidatos se declararem vencedores da eleição, em uma disputa que acirrou as tensões étnicas no país.

Ainda assim, as negociações sobre os cargos ministeriais deixaram o país em meio a um impasse político que ameaçava dar novo fôlego à insurgência do Talibã.

A lista com os 25 nomes anunciados foi anunciada pelo chefe de gabinete de Ghani e será agora submetida ao Parlamento para aprovação. Entre os novos ministros estão três mulheres, que deverão assumir as pastas da Educação Superior, da Informação e Cultura e da Mulher.

A escolha dos nomes encontrou vários obstáculos em razão das complexas divisões étnicas e rivalidades. Ghani, um ex-economista do Banco Mundial, é amplamente apoiado pelas tribos pashtun do sul e do leste, enquanto Abdullah, um ex-combatente da resistência ao Talibã, tem o apoio dos tadjiques e de outros grupos do norte do país.

O analista político Zia Rafat, professor da Universidade de Cabul, afirmou que o novo gabinete não representa um rompimento do tradicional sistema de favores. "Muitos dos novos ministros são pessoas que fizeram campanha para um dos lados e acabaram recebendo algo em troca", disse.

RC/afp/rtr