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Presos alemães dos talibãs retornam para casa

Roselaine Wandscheer18 de novembro de 2001

Retornam à Alemanha os quatro membros da organização Shelter Now acusados de tentar propagar o cristianismo no Afeganistão.

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As alemãs Katrin Jelinek e Margrit Stebner foram libertadas no AfeganistãoFoto: AP

Os quatro alemães que estavam presos no Afeganistão retornaram neste domingo (18) para casa. Ao desembarcarem no aeroporto de Frankfurt, foram recebidos com flores pelos familiares e membros da ONG de ajuda ao desenvolvimento Shelter Now.

O diretor alemão da organização, Udo Stolte, afirmou que eles haviam embarcado em Dubai, que chegaram em bom estado físico e psicológico e que serão deslocados para local não revelado, para garantir seu descanso, provavelmente por 10 a 14 dias.

Os alemães haviam sido presos pelos talibãs junto com outros quatro estrangeiros da organização Shelter Now, sob a acusação de propagarem o cristianismo, sob acusação de propagarem o cristianismo no país dos mulás. Tratou-se de Silke Dürrkoph, de 36 anos, Katrin Jelinek , 29, Margrit Stebner, 43, e Georg Taubmann, de 45, mais as norte-americanas Heather Mercer e Dayna Curry, a australiana Diana Thomas e seu compatriota Peter Bunch A acusação baseava-se no achado de duas bíblias encontradas em poder dos ocidentais. Eles estavam sujeitos a vários anos de prisão ou inclusive à pena de morte.

Missão no Afeganistão vai prosseguir

O julgamento em Cabul havia começado em setembro. Com o início dos bombardeios, seu paradeiro ficou desconhecido. O governo alemão e a própria organização não revelaram maiores detalhes do resgate dos oito presos. Notícias não confirmadas por fontes oficiais na Alemanha especularam que a libertação envolveu soldados norte-americanos.

O representante alemão da Shelter Now agradeceu aos governos da Alemanha e dos Estados Unidos ao apoio em "todos os níveis". Udo Stolte garantiu ainda que sua organização prosseguirá a missão caritativa no Afeganistão e que os quatro voluntários soltos já pensam em retornar àquele país, "que justamente agora necessita de ajuda".