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Presos nos EUA suspeitos de manter três jovens em cativeiro por dez anos

7 de maio de 2013

Berry, DeJesus e Knight desapareceram ainda adolescentes em Cleveland. Elas foram resgatadas após a fuga de uma delas, com a ajuda de um vizinho. Polícia fala em final feliz fora do comum.

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Foto: picture alliance/AP

Três irmãos, entre 50 e 54 anos de idade, foram detidos na cidade norte-americana de Cleveland, Ohio, sob suspeita de sequestrar três mulheres e mantê-las em cativeiro durante cerca de dez anos. Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight haviam desaparecido entre 2002 e 2004, em áreas próximas à casa de onde foram resgatadas, nesta segunda-feira (06/05).

Um vizinho, Charles Ramsey, contou ao canal de televisão WEWS-TV que escutara gritos de mulher e acorreu em socorro. Quando ajudou a arrombar a porta, Amanda emergiu da moradia, carregando uma menininha.

Em seguida, ela ligou para o número de emergência da polícia. "Me ajudem, por favor! Eu sou Amanda Berry... Fui raptada há dez anos e dada como desaparecida, e estou aqui. Eu estou livre, agora", diz ela, numa gravação de áudio divulgada pelas autoridades. Ela identificou seu sequestrador como Ariel Castro, hispânico, de 52 anos, pedindo que a polícia viesse rápido, antes que ele voltasse.

Consta que só um dos irmãos, Ariel Castro, morava na casa. Segundo seu tio, ele trabalhava como motorista de ônibus escolar. O vizinho Charles Ramsey revelou que já participara de churrascos com Ariel e que nunca percebera nada fora do comum. "Não havia nada de excitante em relação a ele... bem, até agora".

Raro final feliz

De acordo com o chefe da polícia de Cleveland, Ed Tomba, as mulheres provavelmente viveram na mesma casa durante todo o tempo em que estiveram desaparecidas. Amanda Berry foi sequestrada em 2003, um dia antes de completar 17 anos, ao sair da lanchonete onde trabalhava; Gina DeJesus tinha 14 anos em 2004, quando desapareceu no caminho da escola para casa; e Michelle Knight fora vista pela última vez em 2002, com cerca de 18 anos de idade.

Segundo o médico Gerald Maloney, da clínica MetroHealth Medical Center, todas as três sequestradas parecem estar "em boas condições". Elas já reencontraram suas famílias. Na época, os desaparecimentos de Amanda e Gina ganharam amplo destaque na mídia, mas a polícia acreditava que já estivessem mortas. Dois suspeitos de haver assassinado Gina chegaram a ser presos, sendo liberados por falta de provas.

O prefeito de Cleveland, Frank Jackson, declarou estar "agradecido pelo fato de estas três jovens estarem vivas", pois "esse não é tipo de final que essas histórias costumam ter". E acrescentou: "Temos muitas perguntas sem resposta sobre este caso e a investigação continua".

CMN/rtr/ap/lusa