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Réu mata três em tribunal de Milão

9 de abril de 2015

Homem julgado por falência fraudulenta atira em advogado, juiz e outro réu e consegue escapar de moto, sendo preso a 25 quilômetros do local do crime. Falhas de segurança serão investigadas.

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Italien Mailand Schießerei Gerichtsgebäude Schießerei Gerichtsgebäude
Foto: Reuters/Stefano Rellandini

Um homem que era julgado por falência fraudulenta abriu fogo num tribunal em Milão, na Itália, nesta quinta-feira (09/04), matando seu advogado, um juiz e outro réu. O atirador foi capturado a 25 quilômetros do local, após fugir de moto.

O promotor Edmondo Liberati disse que o atirador, identificado como Claudio Giardiello, disparou primeiro contra seu advogado e, depois, contra outro réu, matando os dois. Ele também feriu gravemente um terceiro réu presente no julgamento. Mais tarde, ele desceu para um piso inferior onde matou o juiz Fernando Ciampi, que trabalhava na seção de falências do tribunal, disse Liberati à agência de notícias AP.

"Este é um momento de grande dor, de tristeza", disse o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi. Ele disse ser "impensável que alguém consiga entrar num tribunal com uma arma".

Não se sabe ainda como Giardiello conseguiu entrar portando uma arma no edifício do tribunal, que possui detectores de metal nas quatro entradas. Advogados e funcionários costumam passar pelos controles de segurança apenas apresentando suas identificações, sem serem submetidos a procedimentos de segurança.

O vice-ministro do Interior, Filippo Bubbico, disse que uma investigação irá determinar os culpados pelas falhas de segurança, uma vez que o atirador não teve dificuldade nem para se deslocar de um andar para o outro do tribunal nem para deixar o local.

Um ex-advogado de Giardello disse à agência de notícias italiana Ansaque o atirador era julgado num caso de um empreendimento imobiliário falido, e que ele era um "cliente intratável, que não dava ouvidos aos aconselhamentos". "Ele achava que todos estavam tentando trapaceá-lo, era paranoico", declarou.

O ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, confirmou a prisão do suspeito na cidade de Vimercate.

RC/ap/dpa/efe