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Rússia critica instalação de sistemas antimísseis na fronteira turco-síria

22 de novembro de 2012

Como alternativa, Moscou sugere à Turquia que use sua influência sobre a oposição síria para alcançar rapidamente um diálogo. Alemanha deverá enviar sistemas antimísseis.

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Foto: picture-alliance/dpa

A Rússia criticou duramente o possível envio de sistemas de defesa antiaérea do tipo Patriot para a fronteira da Turquia com a Síria. Segundo um porta-voz do Ministério do Exterior em Moscou, isso não iria estimular a estabilidade na região. "A militarização da fronteira turco-síria é um sinal preocupante", disse o porta-voz nesta quinta-feira (22/11) na capital russa.

A Rússia sugeriu à Turquia que adote outra posição e aproveite sua influência sobre a oposição síria para que se alcance o mais rápido possível um diálogo interno, acresceu o porta-voz.

A Rússia é um dos maiores aliados da Síria, sendo também um dos maiores fornecedores de armas ao regime em Damasco. Moscou já utilizou por diversas vezes seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir resoluções que condenem a atuação do presidente sírio, Bashar al-Assad.

O comunicado moscovita ocorre um dia após a Turquia ter encaminhado à Otan um pedido para o estacionamento de um sistema de defesa de aviões e mísseis. Com o pedido, a Turquia reage aos ataques de granada sírios a localidades fronteiriças turcas nos últimos meses. A aliança militar está analisando o pedido.

Alemanha, EUA e Holanda

Na Otan, somente a Alemanha, os Estados Unidos e a Holanda possuem mísseis Patriot do mais tipo PAC-3, o mais moderno. Em dezembro, a pedido do governo em Berlim, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) deverá decidir sobre a atuação de soldados alemães na fronteira da Turquia com a Síria, em conjunto com o estacionamento dos mísseis Patriot. Parte da oposição já sinalizou apoio ao governo.

A Turquia afirma que se sente ameaçada pela guerra civil no país vizinho. O governo em Ancara assinalou que seu pedido à Otan tem um caráter meramente defensivo.

CA/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler