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Rússia impõe sanções econômicas contra Turquia

28 de novembro de 2015

Vladimir Putin decreta sanções econômicas em retaliação a abate de caça russo pela força aérea turca. Decisão é tomada após presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmar que está "triste" por causa do incidente.

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Russland Wladimir Putin
Foto: picture-alliance/dpa/M. Metzel/TASS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto neste sábado (28/11) impondo sanções econômicas contra a Turquia, quatro dias depois de o governo em Ancara abater um caça russo próximo à fronteira com a Síria.

No decreto, que entra em vigor imediatamente, estão medidas como a proibição da importação de alguns produtos, a restrição da contratação de turcos por empresas russas, a suspensão da isenção de vistos para cidadãos da Turquia, a paralisação de voos charter entre os dois países e, ainda, da venda de pacotes turísticos para o país.

O governo em Moscou afirma que o decreto visa "garantir a segurança nacional da Rússia e proteger os cidadãos russos de atividades criminosas e ilegais". Algumas das medidas anunciadas já estavam sendo informalmente aplicadas.

A Turquia exporta principalmente alimentos, produtos agrícolas e têxteis aos russos. Cerca de 200 mil turcos vivem na Rússia.

Erdogan lamenta incidente

Um pouco antes da divulgação da retaliação russa contra o governo em Ancara, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no sábado que está "triste" e lamenta o abate do avião militar russo pela força aérea turca na última terça-feira, que deixou as relações entre os dois países mais tensas. O líder renovou ainda o convite para conversar pessoalmente com Putin.

"Estamos verdadeiramente tristes com esse incidente. Desejamos que não tivesse acontecido, mas aconteceu. Espero que algo assim nunca volte a acontecer", assegurou Erdogan. "Esperamos que essa questão entre nós e a Rússia não aumente ainda mais, não se torne corrosiva e não tenha consequências terríveis no futuro."

Erdogan voltou a pedir um encontro "cara a cara" com o colega russo às margens da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, na segunda-feira, em Paris. O presidente turco afirmou que a reunião seria uma oportunidade para tentar restabelecer as relações entre os dois países.

Nesta semana, Putin rejeitou o convite do líder turco e alegou que a Turquia não estava interessada em pedir desculpas pelo incidente. O russo considerou a derrubada do caça uma "punhalada nas costas dada por cúmplices de terroristas". Moscou anunciou a restrição de um regime de isenção de vistos para visitantes turcos, depois de ameaçar uma série de medidas de retaliação na área econômica.

Neste sábado, o ministério das Relações Exteriores da Turquia alertou seus cidadãos a adiarem viagens não urgentes e desnecessárias à Rússia. Ancara diz que o caça russo entrou no espaço aéreo turco e ignorou as várias advertências, mas Moscou insiste que o avião não cruzou a fronteira da Síria e exigiu um pedido de desculpas.

FC/rtr/ap/afp/efe/dpa