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Rebeldes tomam o poder no Iêmen

6 de fevereiro de 2015

Grupo xiita Houthi dissolve Parlamento, proclama Constituição interina e anuncia criação de governo transitório de dois anos. Anúncio dos milicianos vem menos de duas semanas depois da renúncia do presidente.

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Foto: M. Huwais/AFP/Getty Images

O grupo rebelde Houthi afirmou nesta sexta-feira (06/02) ter tomado o poder no Iêmen, dissolvendo o Parlamento e anunciando uma Constituição interina, após semanas de conflitos políticos no país.

Numa cerimônia televisionada no palácio presidencial, na capital Sana, os houthis disseram que uma assembleia nacional será criada para eleger um conselho presidencial com cinco membros, que irá dirigir os assuntos do país durante o período transitório de dois anos.

Este conselho presidencial tem a tarefa de formar um governo de unidade nacional, de acordo com a declaração constitucional. "O período de transição, regulamentado por esta declaração, irá assegurar uma nova era na qual este país alcançará margens de segurança", disse um dos líderes do grupo Houthi.

Milhares de adversário dos houthis foram às ruas na cidade de Taiz, no sudoeste do Iêmen, para protestar contra o que eles classificaram de "golpe de Estado", noticiou o site independente Barakish. Os manifestantes pediram para o Exército iemenita intervir e proteger o que eles chamam de "legitimidade das instituições constitucionais do Estado". Protestos similares ocorreram em outras partes do Iêmen.

O anúncio da milícia xiita veio menos de duas semanas depois da renúncia do gabinete do governo e do presidente do Iêmen, Abd Rabbuh Mansur al-Hadi. Os rebeldes houthis haviam cercado as residências do presidente e de outros membros do governo, exigindo mais direitos para a comunidade zaidita, uma ramificação do xiismo.

Desde setembro passado, os houthis controlavam parte da capital Sana e, desde então, estavam avançado em áreas predominantemente sunitas em áreas do centro e do oeste do Iêmen.

PV/dpa/ap