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Recuperando prestígio

Marcio Weichert14 de julho de 2003

Mercedes Cup comemora jubileu com revalorização de Stuttgart no circuito internacional de tênis e com presença de Alexander Popp, o tenista alemão que reencontrou o caminho do sucesso.

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Popp foi até as quartas-de-final em WimbledonFoto: AP

Enquanto muitos torneios vêm sofrendo com a perda de patrocinadores, a Mercedes Cup vive suas bodas de prata – de 14 a 20 de julho – regozijando-se de ter conquistado mais dois. Assim, ampliou seu número de participantes para 48 e elevou sua premiação para 765 mil euros. Somente o vencedor levará para casa 118 mil, além de um Mercedes conversível.

Juschni gewinnt ersten Titel in Stuttgart
O russo Mikhail Youzhny e o argentino Guillermo Canas fizeram a final em 2002 e estão de volta este anoFoto: AP

Depois de Stuttgart ter perdido seu torneio da Masters Series, o reforço no atrativo para os jogadores alimenta esperanças de revalorizar a cidade alemã no roteiro da ATP (Associação de Tênis Profissional). Ao menos a médio prazo, pois a maior estrela nas quadras de saibro de Weissenhof será o espanhol Carlos Moyá, quarto lugar no ranking mundial de entradas na semana passada, seguido do argentino Guillermo Coria (sétimo) e do alemão Rainer Schüttler (oitavo). Também está confirmado o defensor do título, o russo Mikhail Youzhny (30º).

Nem mesmo o brasileiro Gustavo Kuerten participa desta vez. Campeão em 1997, em dupla com Fernando Meligeni, 1998 e 2001, Guga possui uma legião de fãs na cidade. Outro desfalque é Thomas Haas, que adiou novamente seu retorno ao circuito, depois da operação no ombro em dezembro de 2002. "Sinto-me bem, estou em boas condições físicas e treinado. Mas ainda me faltam flexibilidade e força no saque", justificou o ex-número 1 da Alemanha, que sem jogar este ano despencou para a 49ª posição no ranking.

Os anfitriões

Gustavo Kuerten
Três vezes campeão em Stuttgart, Guga jogou no ano passado, mas ficou de fora desta vezFoto: AP

Além de Rainer Schüttler, os anfitriões estão representados por Lars Burgsmüller, Alexander Popp, Thomas Behrend, Maximilian Abel, Simon Greul e o júnior Philipp Petzschner, de apenas 16 anos. O diretor do torneio, Bernd Nusch, não insistiu desta vez para que Nicolas Kiefer também estivesse presente. Nusch está cansado dos bolos do tenista, que de antemão disse querer priorizar sua preparação para a temporada de quadra rápida nos Estados Unidos, que começa em seguida. Aliás, o mesmo que Guga está fazendo, embora sua especialidade seja o piso de saibro, como em Weissenhof.

De olho em Popp

A torcida alemã acompanha agora, curiosa e cheia de expectativa, os passos de Alexander Popp. O tenista de 26 anos surpreendeu ao chegar às quartas-de-final de Wimbledon há menos de duas semanas, embora não fosse a primeira vez. Em 2000, Popp fora igualmente longe, mas sua ascensão acabou interrompida por uma seqüência de doenças e contusões. "Nos últimos anos, planos demais se desfizeram. Vou desta vez apenas continuar trabalhando e treinando. Vamos ver o que sai disso", disse cauteloso o bávaro de Bayreuth.

Após faturar 108,4 mil euros no Grand Slam londrino – "fiquei oito meses sem ganhar um centavo de prêmio", Popp passou a semana passada curtindo o êxito. "Agora sei que posso de novo enfrentar os melhores", avalia. O rapaz loiro ficou igualmente se preparando para Stuttgart, para o qual recebeu um wildcard. Será a primeira vez que disputará o torneio, o 87º de Weisserhof no circuito da ATP.

Wimbledon rendeu-lhe ainda 105 posições no ranking. "Isto é importante para minha sobrevivência profissional", ressalta, pois os 100 primeiros têm vaga garantida nas etapas do Grand Slam.