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Rei Abdullah cobra mais ação da UE no Oriente Médio

(ef)12 de junho de 2002

O rei Abdullah II da Jordânia exigiu um engajamento maior da União Européia no Oriente Médio e advertiu que o conflito israelense-palestino atiça os extremismos no mundo.

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Rei Abdullah II: a fenda entre o Ocidente e o resto do mundo é um foco de ira e conflitoFoto: AP

"A Europa tem de assumir um papel de liderança com urgência", apelou o monarca de 40 anos de idade, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, nesta quarta-feira (12), quando confirmou a exigência por uma conferência internacional de paz para o Oriente Médio, com a UE numa posição de liderança. Abdullah está fazendo um giro pela Europa em busca de apoio dos líderes europeus.

Enquanto isso, o secretário de Estado americano, Colin Powell, considerou a criação de um Estado palestino independente mesmo antes de uma conclusão das negociações sobre o status definitivo dos territórios ocupados por Israel. Numa entrevista divulgada pelo jornal árabe El Hajat, publicado em Londres, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos acentuou que o presidente palestino, Yasser Arafat, permanece como parceiro de conversações para o seu país. Powell garantiu que o presidente George W. Bush não desistiu de sua visão de um Estado palestino e deverá apresentar as suas idéias na sexta-feira. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, viajou diretamente de Washington para Londres, onde se encontra nesta noite com o seu colega britânico Tony Blair.

A favor de um engajamento maior da UE numa solução para o conflito, o rei da Jordânia argumentou que "nem os israelenses nem os palestinos estão em condição de dar os passos necessários para um acordo sensato". Por isso um sucesso dos esforços de paz depende do engajamento internacional, disse o rei perante os deputados europeus. Além disso, o mundo teria que se ocupar com as injustiças políticas e as desvantagens econômicas que frustram os jovens árabes, disse ele e acentuou: a fenda que separa o Ocidente do resto do mundo é um foco de ira e conflito.

Abdullah qualificou como determinantes para um acordo de paz as propostas da cúpula árabe do final de março, em Beirute. São elas: retirada das tropas israelenses de todos os territórios ocupados e um Estado palestino independente tendo Jerusalém como capital. Em contrapartida, os Estados árabes garantiriam, com um acordo coletivo de paz, a segurança e a legitimidade de Israel. O rei conversou na terça-feira, em Bruxelas, com o coordenador da política externa e de segurança da União Européia, Javier Solana, e o secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), George Robertson.