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Reino Unido confirma primeiro ataque aéreo na Síria

7 de setembro de 2015

Cameron diz que bombardeio em agosto, realizado sem autorização parlamentar, matou três militantes do "Estado Islâmico". Segundo ele, ação foi necessária para proteger o país, que até então só havia atacado Iraque.

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Foto: picture-alliance/AP/Air Force/L. Pratt

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, confirmou nesta segunda-feira (07/09) a participação britânica em um ataque aéreo na Síria, apesar de não ter um mandato parlamentar para a ação. O bombardeiro ocorreu em agosto e teve como alvo militantes do "Estado Islâmico" (EI).

O bombardeiro do dia 21 de agosto, na cidade de Raqqa, foi o primeiro do Reino Unido em território sírio. De acordo com Cameron, três membros do EI morrem no ataque, entre eles, dois britânicos. Segundo ele, nenhum civil ficou ferido na ação.

O premiê afirmou ao Parlamento que o ataque foi um ato de autodefesa. "Havia um assassino terrorista nas nossas ruas e nenhuma outra maneira de pará-lo. Nós tomamos essa ação porque não havia alternativa", disse.

Um dos britânicos mortos no ataque foi identificado como Reyaad Khan, que teve seus bens congelados no Reino Unido no ano passado, após relatórios terem apontado que ele estava envolvido em atividades terroristas na Síria.

"Havia uma evidência clara de que os indivíduos em questão estavam planejando e direcionando ataques armados contra o Reino Unido", ressaltou Cameron. O premiê defendeu ainda a legalidade do bombardeio e disse que a decisão foi tomada, após uma consulta com o procurador-geral.

Apesar de integrar a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra os jihadistas, Londres realiza ataques aéreos regulares com aeronaves não tripuladas apenas no Iraque. Na Síria, os britânico enviam drones somente para recolher informações, ao contrário de seus parceiros.

Essa foi a primeira vez na história moderna que o Reino Unido usou o aparato militar em uma ação contra um alvo em um país com o qual não está em guerra.

CN/rtr/afp/ap