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Como cozinhar com o sol

22 de fevereiro de 2011

Fogões solares podem ser encontrados nas mais diferentes formas, mas a maioria deles funciona da mesma forma: a luz do sol é armazenada através de grandes áreas espelhadas e a energia é concentrada em um só ponto.

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Foto: Fotolia/ChaotiC_PhotographY

A energia do sol na superfície terrestre chega a atingir até um quilowatt por metro quadrado. Para utilizar a luz solar para cozinhar, portanto, é necessário primeiro armazená-la e depois concentrá-la em uma pequena superfície. Isso é possível através do uso de lentes, mas também de espelhos – como é o caso dos fogões solares.

Se os espelhos utilizados forem de alta qualidade (com folhas de alumínio anodizadas, por exemplo), eles são capazes de refletir até 95% dos raios, enquanto um revestimento mais econômico faz este percentual cair para 50%. Por isso, os modelos mais baratos demandam, geralmente, um longo tempo de cozimento.

Em dias de forte incidência solar, um fogão equipado com um espelho parabólico de 1,5m de diâmetro pode atingir até dois quilowatts de potência. Dependendo da qualidade do espelho, a energia resultante na superfície aquecida é de 750 a 1500 watts, o que faz com que três litros de água demorem entre 10 a 20 minutos para ferver.

Já uma caixa simples de cozimento, equipada com uma tampa espelhada de meio metro quadrado, gera apenas 200 watts na superfície de cozimento. Nesse caso, três litros de água levariam 60 minutos para ferver.

Kochen mit Solarkocher
Quer uma dica de culinária do futuro? Cozinhe com energia solarFoto: cc/Nicolas Sauvage


Quando se trata de fornos, uma das maiores potências em termos de tecnologia solar é atingida no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), onde um espelho de 57 metros quadrados capta a luz solar e, depois, foca-a em uma superfície de poucos centímetros quadrados. A potência concentrada atinge 22 quilowatts e é capaz de perfurar uma placa grossa de metal.

Este forno solar, que fica na cidade de Colônia, é um experimento com o qual os pesquisadores podem testar novas tecnologias, além de desenvolver ainda mais os estudos sobre a energia térmica solar. Entre outros, o sistema possui um papel importante para a Fundação Desertec, cuja proposta inclui gerar uma grande quantidade de energia solar em regiões desérticas do norte da África e transportá-la toda para a Europa.

O megaprojeto internacional pretende abastecer, até 2050, 15% de todo consumo energético do continente europeu apenas com tecnologia produzida de forma ecológica.

Autoria: Antonia Rötger / Sociedade Helmholtz (mdm)
Revisão: Roselaine Wandscheer